quarta-feira, 9 de setembro de 2009

SEM "REMEDIO"



JORNAL EXTRA (online)

Publicada em 09/09/2009 às 01:03
Cabral anuncia fechamento do laboratório da PM que produz cosméticos
Isabella Guerreiro


O governador do Rio classificou, nesta terça-feira, a fabricação de cosméticos por policiais como uma "distorção" que será corrigida em breve pela Polícia Militar. Sérgio Cabral afirmou que o comandante da corporação, coronel Mário Sério Duarte, está acelerando o processo de desativação do Laboratório Industrial Farmacêutico (LIF), em São Gonçalo.
- É um absurdo. A PM foi criada para fazer policiamento ostensivo. Isso é o fim da picada! Mas o comandante Mário Sérgio já está tomando as providências para desativar esse laboratório e fazer o que deve fazer a Polícia Militar: (pôr) PM na rua cuidando de policiamento - disse o governador.
Fórum Extra: Denuncie desvio de função!
Vice-presidente do Conselho Comunitário de Segurança de São Gonçalo, Carlos Alberto de Paula se disse surpreso ao saber que o LIF está fabricando xampus:
Conselho quer batalhão
- A informação que tínhamos era a de que o laboratório estava desativado.
Para ele, os moradores do município precisam de reforço na segurança:
- Ali funcionava um batalhão, que foi extinto. Estamos precisando de outro, devido à densidade demográfica. Há muito tempo que se pede isso. Na próxima reunião, vamos querer saber o porquê dessa situação.
Cem policiais lotados na unidade
Antes destinado à fabricação de medicamentos para serem vendidos a policiais militares, o LIF passou a produzir e vender cosméticos - sem nota fiscal - após proibição da Vigilância Sanitária.
Conforme o EXTRA informou no último domingo, cem policiais estão lotados na unidade, exatamente no momento em que o comandante geral da PM defende a volta de efetivo para o policiamento de rua.
Antes de o governador se pronunciar, o coronel Mário Sérgio Duarte afirmou, na edição desta terça-feira, que aguardava relatório para saber se o custo-benefício do laboratório valeria a pena.


Lamento pela maioria dos nossos companheiros, reformado ou não, e principalmente por nossos dependentes que se beneficiavam com os preços mais em conta dos medicamentos que fabricavamos, tão necessários em nosso dia a dia, não só para alguns sobreviverem, mas também para auxiliar na cura de alguma enfermidade, terminar dessa forma.
Eu mesmo tive a honra de servir no LIF onde fiz grande amigos e que posso garantir que a contribuição dada por cada um, para amenizar o nosso sofrimento e de nossos familiares, foi crucial com a confecção de remédios, ou de produtos que erroneamente dizem ser para “beleza”.
A ignorância plena, somado a intolerância e a demagogia geralmente é utilizada pelos incompetentes para acobertar suas falhas.
Sem aumento, sem imagem e agora sem remédio, por que não dizermos também SEM GOVERNO.

Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro