terça-feira, 9 de junho de 2009


Foto: Marcos Antonio Teixeira (O Globo)

JORNAL O GLOBO RIO (ONLINE)

Drogas na prisão
Ex-PM morre de overdose de antidepressivos dentro do Batalhão Especial Prisional (BEP)

Publicada em 08/06/2009 às 23h45m
Vera Araújo

RIO - Depois do assassinato de Débora Joyce de Araújo Silva, de 24 anos, pelo irmão, o então soldado da PM Jefferson de Araújo Silva, de 28, dentro do Batalhão Especial Prisional (BEP), em agosto de 2007, foi a vez de Maria Gomes de Araújo, de 53, mãe dos dois, chorar a morte do filho.
Vídeo mostra irregularidades no BEP
Jefferson morreu, sexta-feira à noite, no Hospital Salgado Filho, no Méier, depois de ingerir, segundo Maria, dezenas de cápsulas de antidepressivo. Indignada, ela contou que o filho passou a usar drogas desde que foi para o BEP, onde adquiria cocaína com facilidade:
- Antes de ir para a PM, meu filho era saudável, bom aluno. Foi fuzileiro naval e depois virou soldado do Batalhão de Choque. Quando ficou preso no BEP, percebemos que ele mudou, ficou agressivo. Perdi meus dois filhos porque a PM não cuidou dele. Para piorar, ele foi obrigado a assinar sua exclusão da polícia, enquanto estava internado no Manicômio Judiciário Heitor Carrilho.






Algum tempo atrás, fui o “elo” de ligação de 283 homens e os oficias da minha Companhia, sabia o que acontecia com cada um deles, pois tinha não só o respeito, como o principal a admiração de cada um deles, confiavam em mim como profissional e como amigo, eu sempre sabia quando estavam com problemas ou quando estavam felizes porem, um deles me chamou a atenção, estava estranho, na sua forma de agir e de falar, era como se fosse uma “Bomba” que a qualquer hora poderia explodir, ele dizia frases como: “ É matar ou morrer” ou as vezes, descrevia suas atuações nas ruas de uma maneira eufórica e fria, como se sentisse prazer de atuar como um "Super- Heroi" invencivel.
Eu sei que não sou Psicólogo e nunca estudei para isso, porem na vida devemos observar tudo que acontece ao nosso redor, e com isso aprendi muita coisa, me tornando mais sencivel e tolerante. Eu reparava gradualmente uma transformação que poderia acarretar as seguintes conseqüências Graves: Digamos que esse Homem fosse para as ruas e tirasse a vida de alguém, ele iria acabar com a vida de uma família, iria acabar com a sua vida profissional, iria acabar manchando a Corporação que ele representa, e principalmente com a sua propria família.

As pressões sobe nos exercidas não são mensuradas, deixamos acontecer para depois vermos o que podemos fazer, nunca nos importamos com o ser humano, e o pior, quando acontece algo, simplesmente EXCLUIMOS, como se nunca tivéssemos se quer uma parcela de culpa.

O companheiro o qual me referi acima, depois de “explodir” o reformaram, por sorte não teve conseqüências mais graves.

A “fuga” da realidade licita ou ilícita é uma opção pessoal, no entanto, ensiná-lo a enfrentar a realidade é uma obrigação de todos nos que os confeccionamos.

Ricardo Garcia
Cidadão Brasileiro

'' DEMOCRACIA "




Jornal Extra Online


Publicada em 09/06/2009 às 13:08


Governador diz que não quer os 44 PMs absolvidos patrulhando ruas


Luiz Ernesto Magalhães

RIO _ O governador Sergio Cabral disse nesta terça-feira que vai orientar o secretário de segurança Pública, Jose Mariano Beltrame, a manter afastados das ruas todos os policiais que foram absolvidos pela Justiça. Segundo Cabral, o estado já tem sua opinião formada de que estes policiais são culpados e espora que o Ministério Público consiga provar isso em instâncias superiores.
Cabral, no entanto, não soube informar se os 44 PMs até o julgamento na segunda-feira já cumpriam apenas funções administrativas enquanto aguardavam o pronunciamento da Justiça ou se estavam participando do patrulhamento ostensivo nas ruas.



Mais uma vez podemos notar claramente a como estávamos preparados para uma “Democracia” fico triste ao saber, baseado nas informações deste respeitado Jornal, as declarações do Sr Governador, se não me falha a memória, a pouco tempo atrás, em uma fatalidade onde uma criança morreu após um erro cometido por um policial, o Sr Governador teve uma atitude semelhante a esta, onde, como Homem Publico e principalmente Governador de um Estado, se referiu aos policias envolvidos como “Débeis mentais” e que, mesmo sendo absolvidos pela Justiça, iria colocá-los na rua.


Perdoe-me a minha ignorância, porem acho que devemos ter “equilíbrio” não só em nossas atitudes como também em nossas palavras, ainda mais uma pessoa tão importante.


Eu também não gostei do resultado das Eleições para Governo do meu Estado, no entanto, por vivermos em um Estado Democrático, prevalece a vontade da maioria e cabe a mim acatar essa vontade porem, nesse caso especifico, há um equivoco, não cabe a vontade de um homem só e muito menos a vontade da opinião publica manipulada, prevalece as Leis previamente estabelecidas.


Ao ouvir tais declarações, me resta saber o verdadeiro significado da palavra “Discriminação” e como ela é previstas nas Leis.


Ricardo Garcia

Cidadão Brasileiro