JORNAL O GLOBO (online)
Impasse militar
Para atender a demanda na saúde, Cabral contratou bombeiros que hoje atuam em UPAs e Samu
Publicada em 15/06/2011 às 23h13m
Carla Rocha, Natanael Damasceno e Renata Leite
Apesar de chamar atenção pelo gigantismo, a tropa de bombeiros do Rio - a maior do país, segundo o próprio governo do estado - ainda pode aumentar. Uma lei encaminhada pelo governador Sérgio Cabral e aprovada pela Assembleia Legislativa em 2007 fixa o efetivo do Corpo de Bombeiros em 23.450. Se hoje são 16.550 , ainda há margem para contratar 6.900. A proposta passou com a justificativa de que eram necessários oficiais e praças para atuar na área de saúde, em especial em dois projetos importantes do governo, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O crescimento do quadro dos bombeiros teve também uma contribuição de governos anteriores. A lei 5.175 aprovada por Cabral substituiu outra, de 4 de abril 2002, de Anthony Garotinho, que fixava o efetivo em 18.125 homens. No entanto, este nunca chegou a ser o total dos bombeiros.
2.018 vagas só para oficiais médicos
A demanda da saúde fez com que Cabral realizasse em 2008 um concurso público com 5.009 vagas para bombeiros, que atuariam na área. Foram dois editais, sendo um com 2.018 vagas para oficiais, todos médicos de várias especialidades. O outro tinha 2.991 vagas para praças, incluindo técnicos em enfermagem e em radiologia, motoristas, guarda-vidas e combatentes.
PROPOSTA: Secretário de Defesa Civil descarta piso salarial de R$ 2 mil para bombeiros
A assessoria do Corpo de Bombeiros informou que apenas 3.855 aprovados no concurso de 2008 (que tinha validade de dois anos, improrrogáveis) foram convocados. Na quarta-feira, durante evento em que assinou um convênio na área de assistência social, Cabral disse que havia contratado cerca de dois mil, basicamente para atuar na saúde e em salvamentos na orla.
- É o que vem acontecendo ao longo dos anos. Nós fizemos um concurso público para menos de duas mil vagas. Ou seja (na época), já havia 14 mil homens - afirmou. - Não temos nada contra o efetivo de 16 mil homens, mas esse número demonstra o impacto de aumentos salariais na folha de pagamentos do estado.
" Não temos nada contra o efetivo de 16 mil homens, mas esse número demonstra o impacto de aumentos salariais na folha de pagamentos do estado "
Cabral disse ainda que este ano, quando for contabilizada a antecipação de 5,58%, o total de reajuste salarial da categoria terá chegado a 11,58%. No fim do dia de quarta-feira, a assessoria do governo do estado assegurou que, no momento, apesar da lei, não há intenção de aumentar o efetivo dos bombeiros.
Mas a oposição explorou o fato de Cabral ter apontado o tamanho da tropa como empecilho para reajustar os salários. A deputada Clarissa Garotinho (PR) vê contradição no discurso do governador, que, segundo ela, foi o grande responsável pela situação. Ela criticou a desvirtuação da função primordial do bombeiro, ao se transferir um contingente tão grande para funções típicas de saúde:
- Como ele pode querer fazer essa comparação ou insinuar que o Rio tem bombeiros demais? Hoje, um terço do efetivo trabalha na saúde.
O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) também protestou contra o argumento do governador. Ele afirmou que a lei aprovada em 2007 não só inflou o número de bombeiros, como criou uma distorção salarial.
- Mas esse artifício (a contratação de bombeiros para a saúde) acabou sustentando uma distorção salarial enorme. Como os que estão na saúde trabalham por plantão, há tenente médico ganhando mais que coronel.
Um decreto de Cabral instituiu, em 2008, gratificações por plantões extraordinários de R$ 2.100 para oficiais médicos dos bombeiros, R$ 900 para oficiais enfermeiros e R$ 700 para praças técnicos de emergências médicas e auxiliares de enfermagem.
COLABORARAM: Thiago Herdy, Fernanda Godoy, Marcelle Ribeiro e Rogério Daflon
Um Policial ou um Bombeiro Militar trabalha 30 anos, arriscando cada minuto a sua vida, para ouvir do seu Governador que não merece ter um salário digno para viver o pouco que ainda resta.
É assim que devemos ver quando a sua proposta é de dar somente as “gratificações” as quais esses homens e os familiares daqueles os quais morreram por essa sociedade são excluídos.
Para onde vai tanto dinheiro? Dos nossos mais caros impostos, dos “royalties” do petróleo que geraram lagrimas, dos investimentos os quais gabam de estarem sendo feitos no nosso Estado, a tal ajuda do Governo Federal e tantos outros?
Estão sendo desviados, era mentira ou estão sendo mal empregados?
Hipocrisia e Demagogia essa é a virtude de alguns.
Chega a ofender o meu raciocínio ao ouvir que devido ao elevado numero de Policias e Bombeiros não seria viável a uma remuneração digna a esses profissionais.
Afinal, todos nos sabemos que o numero de profissionais que temos não é suficiente para atender a população como deveria ser.
Impasse militar
Para atender a demanda na saúde, Cabral contratou bombeiros que hoje atuam em UPAs e Samu
Publicada em 15/06/2011 às 23h13m
Carla Rocha, Natanael Damasceno e Renata Leite
Apesar de chamar atenção pelo gigantismo, a tropa de bombeiros do Rio - a maior do país, segundo o próprio governo do estado - ainda pode aumentar. Uma lei encaminhada pelo governador Sérgio Cabral e aprovada pela Assembleia Legislativa em 2007 fixa o efetivo do Corpo de Bombeiros em 23.450. Se hoje são 16.550 , ainda há margem para contratar 6.900. A proposta passou com a justificativa de que eram necessários oficiais e praças para atuar na área de saúde, em especial em dois projetos importantes do governo, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O crescimento do quadro dos bombeiros teve também uma contribuição de governos anteriores. A lei 5.175 aprovada por Cabral substituiu outra, de 4 de abril 2002, de Anthony Garotinho, que fixava o efetivo em 18.125 homens. No entanto, este nunca chegou a ser o total dos bombeiros.
2.018 vagas só para oficiais médicos
A demanda da saúde fez com que Cabral realizasse em 2008 um concurso público com 5.009 vagas para bombeiros, que atuariam na área. Foram dois editais, sendo um com 2.018 vagas para oficiais, todos médicos de várias especialidades. O outro tinha 2.991 vagas para praças, incluindo técnicos em enfermagem e em radiologia, motoristas, guarda-vidas e combatentes.
PROPOSTA: Secretário de Defesa Civil descarta piso salarial de R$ 2 mil para bombeiros
A assessoria do Corpo de Bombeiros informou que apenas 3.855 aprovados no concurso de 2008 (que tinha validade de dois anos, improrrogáveis) foram convocados. Na quarta-feira, durante evento em que assinou um convênio na área de assistência social, Cabral disse que havia contratado cerca de dois mil, basicamente para atuar na saúde e em salvamentos na orla.
- É o que vem acontecendo ao longo dos anos. Nós fizemos um concurso público para menos de duas mil vagas. Ou seja (na época), já havia 14 mil homens - afirmou. - Não temos nada contra o efetivo de 16 mil homens, mas esse número demonstra o impacto de aumentos salariais na folha de pagamentos do estado.
" Não temos nada contra o efetivo de 16 mil homens, mas esse número demonstra o impacto de aumentos salariais na folha de pagamentos do estado "
Cabral disse ainda que este ano, quando for contabilizada a antecipação de 5,58%, o total de reajuste salarial da categoria terá chegado a 11,58%. No fim do dia de quarta-feira, a assessoria do governo do estado assegurou que, no momento, apesar da lei, não há intenção de aumentar o efetivo dos bombeiros.
Mas a oposição explorou o fato de Cabral ter apontado o tamanho da tropa como empecilho para reajustar os salários. A deputada Clarissa Garotinho (PR) vê contradição no discurso do governador, que, segundo ela, foi o grande responsável pela situação. Ela criticou a desvirtuação da função primordial do bombeiro, ao se transferir um contingente tão grande para funções típicas de saúde:
- Como ele pode querer fazer essa comparação ou insinuar que o Rio tem bombeiros demais? Hoje, um terço do efetivo trabalha na saúde.
O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) também protestou contra o argumento do governador. Ele afirmou que a lei aprovada em 2007 não só inflou o número de bombeiros, como criou uma distorção salarial.
- Mas esse artifício (a contratação de bombeiros para a saúde) acabou sustentando uma distorção salarial enorme. Como os que estão na saúde trabalham por plantão, há tenente médico ganhando mais que coronel.
Um decreto de Cabral instituiu, em 2008, gratificações por plantões extraordinários de R$ 2.100 para oficiais médicos dos bombeiros, R$ 900 para oficiais enfermeiros e R$ 700 para praças técnicos de emergências médicas e auxiliares de enfermagem.
COLABORARAM: Thiago Herdy, Fernanda Godoy, Marcelle Ribeiro e Rogério Daflon
Um Policial ou um Bombeiro Militar trabalha 30 anos, arriscando cada minuto a sua vida, para ouvir do seu Governador que não merece ter um salário digno para viver o pouco que ainda resta.
É assim que devemos ver quando a sua proposta é de dar somente as “gratificações” as quais esses homens e os familiares daqueles os quais morreram por essa sociedade são excluídos.
Para onde vai tanto dinheiro? Dos nossos mais caros impostos, dos “royalties” do petróleo que geraram lagrimas, dos investimentos os quais gabam de estarem sendo feitos no nosso Estado, a tal ajuda do Governo Federal e tantos outros?
Estão sendo desviados, era mentira ou estão sendo mal empregados?
Hipocrisia e Demagogia essa é a virtude de alguns.
Chega a ofender o meu raciocínio ao ouvir que devido ao elevado numero de Policias e Bombeiros não seria viável a uma remuneração digna a esses profissionais.
Afinal, todos nos sabemos que o numero de profissionais que temos não é suficiente para atender a população como deveria ser.
Chega de mentiras !
Ricardo Garcia
Ignorante
Débito Mental