JORNAL O DIA (online)
20.11.10 às 01h54
Estado quer levar evento homossexual para o Forte Copacabana
Representante da Secretaria de Assistência Social solicita ao Exército que quartel seja sede de encontro sobre homofobia
POR ISABEL BOECHAT
Estado quer levar evento homossexual para o Forte Copacabana
Representante da Secretaria de Assistência Social solicita ao Exército que quartel seja sede de encontro sobre homofobia
POR ISABEL BOECHAT
Rio - O Forte de Copacabana poderá sediar um evento GLBT para conscientização e prevenção de atitudes homofóbicas. O superintendente dos Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento, solicitou ontem ao Exército que sedie o encontro. Na segunda, Nascimento irá ao forte para saber a resposta do pedido.
São lotados e estão presos no quartel os três militares acusados de humilhar, agredir e balear o estudante D., de 19 anos, no Parque Garota de Ipanema, no Arpoador, no domingo, após a Parada do Orgulho Gay, na Praia de Copacabana. Um deles, o sargento Ivanildo Gervásio, confessou ter atirado no jovem e teve a prisão decretada pela Justiça.
Conscientização
“A ideia é fazer um grande evento de conscientização dos direitos e cidadania dos homossexuais com a participação do Exército, governo do estado e ONGs que defendem os direitos dos homossexuais. E, após esse triste episódio com o estudante, seria a maior prova de que o Exército não discrimina a prática homossexual e que o que ocorreu foi um ato isolado de alguns de seus militares, como o próprio comandante do Forte de Copacabana (o coronel Afonso Henrique Pedrosa) já declarou”, disse Nascimento.
Ontem, em entrevista à Rede Globo, o oficial frisou que o Exército não admite em seus integrantes qualquer conduta homofóbica ou discriminação contra o ser humano.
“Desde o primeiro dia, instauramos o Inquérito Policial Militar. Afastamos os militares e prendemos o autor do disparo. O inquérito está em seus últimos momentos. Aguardamos o resultado do exame feito na arma para saber se houve disparo acidental ou não. Isso deixou claro que não há nenhum tipo de discriminação do Exército brasileiro com o ser humano e nenhum desvio de conduta de um militar ficará impune. Queríamos dar essa resposta rápida à sociedade”, concluiu o comandante.
Estudante baleado participará de audiência no Senado
O jovem D., a mãe dele e Angélica Ivo, mãe do adolescente Alexandre Ivo Rajão, de 14 anos, assassinado no dia 21 de junho, em São Gonçalo, participarão de uma audiência pública conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados, em Brasília, para discutir políticas de combate à homofobia. O Rio de Janeiro apresentará dados e medidas de combate à violência contra os homossexuais.
Ontem, D. acordou com fortes dores pelo esforço físico feito para realizar o reconhecimento. Ainda assim, D. conversou com O DIA e declarou estar aliviado.
“O Exército, no início, tentou esconder, mas depois tudo ficou esclarecido. E agora começou a se fazer justiça. Estou aliviado, mas ainda sinto muito medo. Estou traumatizado. Nunca havia passado por algo assim na minha vida. Vou deixar de sair de casa por um tempo e me dedicar ao colégio, arrumar um emprego”, disse o rapaz, que contou que pretende ir domingo à Praia de Ipanema, onde ocorrerá uma passeata.
A manifestação, organizada pelo Grupo Arco-Íris, começará às 14h, com concentração em frente à Rua Farme de Amoedo. De lá, os manifestantes seguirão até o Parque Garota de Ipanema, onde o jovem foi baleado. O protesto é para pedir a aprovação da lei que torna a homofobia crime.
Ontem, o delegado Fernando Veloso, da 14ª DP, informou que a Subprefeitura da Zona Sul vai fechar o parque no período da noite. O horário ainda será definido pela Subprefeitura.
Sargento fica em silêncio e será indiciado
O sargento Ivanildo, 37 anos, será indiciado pelo delegado Fernando Veloso, da 14ª DP (Leblon), por tentativa de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima. A pena pode chegar a 20 anos de prisão, mesmo tempo que ele tem de Exército.
Ontem, Gervásio e os outros dois militares que estavam com ele na hora da agressão, o sargento Jonathan Fernandes da Silva e o cabo Luiz Gustavo, foram ouvidos por Veloso. Gervásio se reservou ao direito de nada falar. Antes, afirmou que o disparo foi acidental.
“Vou analisar com mais calma se foi dolo eventual ou acidental. Quando ele, como militar, apontou a arma para alguém, assumiu o risco de produzir o resultado”, disse o delegado
Não tenho nada contra a escolha sexual de cada um, assim como a religião, time entre outros, meu pai sempre dizia: “tem uns que gostam dos olhos, outros da remela” , porem a atitude desses “Srs” logo após ao acontecimento me passa a ideai de “revanchismo”.
São lotados e estão presos no quartel os três militares acusados de humilhar, agredir e balear o estudante D., de 19 anos, no Parque Garota de Ipanema, no Arpoador, no domingo, após a Parada do Orgulho Gay, na Praia de Copacabana. Um deles, o sargento Ivanildo Gervásio, confessou ter atirado no jovem e teve a prisão decretada pela Justiça.
Conscientização
“A ideia é fazer um grande evento de conscientização dos direitos e cidadania dos homossexuais com a participação do Exército, governo do estado e ONGs que defendem os direitos dos homossexuais. E, após esse triste episódio com o estudante, seria a maior prova de que o Exército não discrimina a prática homossexual e que o que ocorreu foi um ato isolado de alguns de seus militares, como o próprio comandante do Forte de Copacabana (o coronel Afonso Henrique Pedrosa) já declarou”, disse Nascimento.
Ontem, em entrevista à Rede Globo, o oficial frisou que o Exército não admite em seus integrantes qualquer conduta homofóbica ou discriminação contra o ser humano.
“Desde o primeiro dia, instauramos o Inquérito Policial Militar. Afastamos os militares e prendemos o autor do disparo. O inquérito está em seus últimos momentos. Aguardamos o resultado do exame feito na arma para saber se houve disparo acidental ou não. Isso deixou claro que não há nenhum tipo de discriminação do Exército brasileiro com o ser humano e nenhum desvio de conduta de um militar ficará impune. Queríamos dar essa resposta rápida à sociedade”, concluiu o comandante.
Estudante baleado participará de audiência no Senado
O jovem D., a mãe dele e Angélica Ivo, mãe do adolescente Alexandre Ivo Rajão, de 14 anos, assassinado no dia 21 de junho, em São Gonçalo, participarão de uma audiência pública conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados, em Brasília, para discutir políticas de combate à homofobia. O Rio de Janeiro apresentará dados e medidas de combate à violência contra os homossexuais.
Ontem, D. acordou com fortes dores pelo esforço físico feito para realizar o reconhecimento. Ainda assim, D. conversou com O DIA e declarou estar aliviado.
“O Exército, no início, tentou esconder, mas depois tudo ficou esclarecido. E agora começou a se fazer justiça. Estou aliviado, mas ainda sinto muito medo. Estou traumatizado. Nunca havia passado por algo assim na minha vida. Vou deixar de sair de casa por um tempo e me dedicar ao colégio, arrumar um emprego”, disse o rapaz, que contou que pretende ir domingo à Praia de Ipanema, onde ocorrerá uma passeata.
A manifestação, organizada pelo Grupo Arco-Íris, começará às 14h, com concentração em frente à Rua Farme de Amoedo. De lá, os manifestantes seguirão até o Parque Garota de Ipanema, onde o jovem foi baleado. O protesto é para pedir a aprovação da lei que torna a homofobia crime.
Ontem, o delegado Fernando Veloso, da 14ª DP, informou que a Subprefeitura da Zona Sul vai fechar o parque no período da noite. O horário ainda será definido pela Subprefeitura.
Sargento fica em silêncio e será indiciado
O sargento Ivanildo, 37 anos, será indiciado pelo delegado Fernando Veloso, da 14ª DP (Leblon), por tentativa de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima. A pena pode chegar a 20 anos de prisão, mesmo tempo que ele tem de Exército.
Ontem, Gervásio e os outros dois militares que estavam com ele na hora da agressão, o sargento Jonathan Fernandes da Silva e o cabo Luiz Gustavo, foram ouvidos por Veloso. Gervásio se reservou ao direito de nada falar. Antes, afirmou que o disparo foi acidental.
“Vou analisar com mais calma se foi dolo eventual ou acidental. Quando ele, como militar, apontou a arma para alguém, assumiu o risco de produzir o resultado”, disse o delegado
Não tenho nada contra a escolha sexual de cada um, assim como a religião, time entre outros, meu pai sempre dizia: “tem uns que gostam dos olhos, outros da remela” , porem a atitude desses “Srs” logo após ao acontecimento me passa a ideai de “revanchismo”.
Em nosso País a tal “Democracia” que impera, para mim é uma ditadura demagoga, onde querem impor através de falsos pretextos uma “anarquia generalizada”.
Quando leio em uma camisa “100% negro” sou obrigado a me calar pois é considerado "movimento" ou "cultura", no entanto se coloco em outra camisa “100% branco” sou considerado racista, qual seria a diferença entre as duas camisas ?
Ao imaginarmos um Japonês vem logo em nossa mente aquele homem com os “olhinhos” puxados, aquele cabelo liso e a face larga, assim quando pensamos no Norte Americano e tantos outros, possuímos através da nossa criação e formação um “estereótipo” de cada raça, no entanto quando falamos em Povo Brasileiro, não há no mundo uma mistura de raça maior do que a nossa.
Assim também pode ser aplicada a religião, onde éramos ou ainda somos o País com o maior números de católicos no Mundo, porem ao logo dos anos, por motivos que não convém a nos discutir no momento, a implantação e o crescimento de outras religiões também causam um “desconforto” para alguns que não aceitam tal mudança.
E tantas outras divergências onde os que prevalecem de uma força maior tentam impor suas opiniões.
Creio que é uma questão de EDUCAÇÃO, e que o nosso Povo não estava preparado ainda para a tal “Democracia” .
Ninguém é obrigado a gostar de alguma coisa, porem todos nos somos obrigados a respeitar desde que não ultrapasse a fronteira dos nossos Direitos.
Chega de demagogia e hipocrisia neste País, o revanchismo é o primeiro passo para a anarquia.
As mudanças nas nossas culturas deveriam ser ensinadas nas salas de aula, isso se tivéssemos um ensino realmente de qualidade, pois o respeito as Leis que nos regem e conseqüentemente o respeito ao próximo seriam aplicados as futuras gerações de uma forma gradual e concreta.
Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro