quinta-feira, 11 de junho de 2009

ORGULHO



TODOS OS POLICIAS MILITARES

Alguns companheiros, praças como eu, me questionaram sobre a minha presença no movimento intitulado “Barbonos”, liderados por alguns Oficiais Superiores da nossa Corporação, que reivindicavam reformas para nossa “Classe”, alguns companheiros duvidavam das reais intenções desse Movimento e desconfiados, não participaram, outros, o motivo foi o medo, achei natural as reações, afinal nunca alguém havia feito algo dessa natureza, ainda mais vindo de “cima”.

Ao ser convidado a comparecer as reuniões pelo Sr Maj Wanderby, notei, que no inicio uma pequena fração era contrario a minha presença, cheguei a ser o único praça presente em algumas delas, porem continuei a ir, afinal, tinha dois motivos importantes que a maioria de nos não havia reparado, o primeiro era, que se eles estavam se reunindo para decidirem o meu destino e da minha família, era um dever e um direito meu estar presente nessas reuniões, como também, se fizéssemos uma, eles também devem participar, mesmo que alguns não concordem, pois temos que ver a Policia como uma só, assim como somos vistos pela sociedade, já o segundo motivo, era o mais importante para mim, pois eu estava participando de um Momento Histórico na nossa Policia, pois ele nunca havia acontecido e eu estiva lá.


Perdoe-me Amigos se não consigo dividir a nossa Policia em duas, a de Oficiais e a dos Praças, sei que alguns já sofreram algum tipo de represarias e outros, até humilhações, pois nem todos nos, Seres Humanos, estamos preparados para um relacionamento com nossos semelhantes, eu mesmo já fui um desses, pois quando escrevi meu livro “O Direito de Não Ter Direitos, A Vida de Um Policial Militar”, por ser o primeiro praça na Policia a escrever um livro na ativa, fui remanejado 15 vezes em um ano, no entanto, sempre fui de lutar pelo que acredito e nunca vou mudar, sempre respeitei e fui respeitado por ser um profissional no que faço, talvez seja por isso que não cometo o mesmo erros que alguns cometem em fazer a tal divisão, tenho verdadeiros Amigos Policias Militares, pessoas que amam sua farda e se orgulham de ser o que são, que choram a perda de um companheiro que lutava ao seu lado, que se revoltam quando são generalizados por hipócritas e demagogos que fazem parte dessa sociedade, que mesmo cansados, continuam a cumprir suas missões, são homens e mulheres que mesmo diante de todas as dificuldade, acreditam na nossa Policia.


Essa é a nossa Família Policial Militar.


A única coisa que espero da sociedade é o respeito pelas Leis que fiscalizo e não o reconhecimento pelo meu trabalho.

Ricardo Garcia
Cidadão Brasileiro



JORNAL O GLOBO (online)


Dentro de casa
Taxista é morto durante assalto depois de ser confundido com policial


Publicada em 10/06/2009 às 12h42m
Ruben Berta - O Globo e RJTV


RIO - Um taxista aposentado foi morto na noite de terça-feira, durante um assalto, depois de ser confundido com um policial. Paulo Idalgo, de 59 anos, foi cruelmente assassinado na frente da mulher e dos três filhos depois de ser rendido por cinco bandidos dentro de casa, na Rua Manoel Araújo, em Irajá, na Zona Norte do Rio. Segundo parentes, ele não reagiu. A casa da família fica a menos de 500 metros de uma guarita da Polícia Militar


De acordo com a polícia, o crime aconteceu por volta das 21h30m. Os bandidos pararam o carro em que estavam em frente ao portão da casa e fingiram que o automóvel estava com problemas. Quando o filho mais velho do taxista foi ver o que acontecia ele foi rendido e levado para dentro de casa, onde estavam seus dois irmãos - um outro homem e um menina portadora de síndrome de Down - e seus pais.


Os assaltantes permaneceram cerca de 40 minutos na casa da família. Eles roubaram jóias e dinheiro. Antes de fugirem, um deles teriam atirado na cabeça do taxista, alegando que ele parecia ser um policial. O aposentado morreu na hora e a cena foi presenciada por toda a família.
O filho mais velho de Paulo esteve mais cedo no Instituto Médico Legal (IML), onde liberou o corpo do pai, que deve ser enterrado na tarde desta quarta-feira, no Cemitério de Irajá. Segundo o rapaz, que preferiu não se identificar, não houve qualquer reação por parte da vítima. Ainda de acordo com ele, o pai tinha acabado de perder um tio, e estava cuidando dos detalhes do enterro.


A casa da família fica a menos de 500 metros de uma guarita da Polícia Militar. De acordo com o telejornal RJTV, da TV Globo, a PM preferiu não se manifestar sobre o assunto. Apesar disso, eles afirmaram que o policiamento deve ser reforçado no local. O caso está sendo investigado pela 27ª DP, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte.



Me reservo somente a divulgar a triste noticia e aos Srs leitores que tirem sua próprias conclusões.


Caçados, cansados e calados esse são os nossos Policiais

Ricardo Garcia

Cidadão Brasileiro

O POLICIANO




“O Policiano”
(Ricardo Garcia)


EXISTIA um rapaz chamado “Joãozinho” ele era um Policial e morava em um lugar bem perto de uma favela, um dia ao chegar em casa, cansado do trabalho, estressado por ter sido destratado por um “Superior”, que feriu seu orgulho e a sua dignidade como Homem, preocupado com as contas que não esta conseguindo pagar devido a defasagem salarial, doido para ver a sua família que a algum tempo não vê, por ter que fazer um bico para poder dar um pouco de conforto a eles, quando vê um grupo de “doentes” perto da sua casa, perto da sua família, dos seus filhos, fumando maconha e cheirando pó, quase no seu portão, ai, “Joãozinho” como representante das Leis e cumpridor dos seus deveres, da voz de prisão para esses “doentes”, solicita uma RP para auxiliá-lo a conduzir esse cidadãos para a DP, ela chega após 20 ou 30 minutos, pois como todos nos estamos cansados de saber, não temos efetivo suficiente e a cada dia cresce o numero de ocorrências, enquanto isso, já juntou gente da comunidade em volta, já esta surgindo aquele ti ti ti, vem a mãe de um deles e diz: “- Meu filho é trabalhador ! Vocês são uns covardes ele é um ótimo rapaz” Ai, "Joãozinho" e seus companheiros os levam para DP, depois de 4 ou 5 horas registrando a ocorrência, cansado, exausto, “Joãozinho” vê os “rapazes” indo embora, pois por serem “doentes” as nossas Leis passam as mãos em suas cabeças e com toda a certeza, “Joãozinho” ainda irá perder um dia de sua folga para ir depor em Juízo e sabe que nada irá acontecer com eles. Um tal de “chefe” do trafico da área, depois de saber da atitude de “Joãozinho”com seus pequenos, porem fieis “clientes”, manda seus comparsas fazerem uma represaria, ameaçando ele e a família dele, mais uma vez dentro das Leis, “Joãozinho” comunica o fato ao seu Comandante, e ele, se sensibiliza (que não são todos) manda uma viatura dar umas “rodadinhas” pela sua área, no entanto, não pode ser pra sempre, pois irão ter outras áreas com prioridade em outras ocorrências, ai “Joãozinho” e sua família ficam SOZINHOS.



O que deve fazer "Joãozinho", chamar novamente a RP, se mudar ou enfrentá-los para defender a ele e a sua família?



FIM da Historia


(Aviso importante: essa historia é ficção e qualquer semelhança é mera coincidência)



Os Srs. sabem o significado da palavras Milícia ? deixe-me dizer: “Milícia ou mais popularmente chamado Mélicia é a designação genérica das organizações
militares ou paramilitares compostas por cidadãos comuns, armados ou com poder de policia que teoricamente não integram as forças armadas de um país .” (fonte pt.wikipedia.org/)


Não estou defendendo nenhum Miliciano, sou contrario a ilicitude, porem essa historinha ficticia foi somente para ilustrar o meu pensamento de como deve ter surgido um “Miliciano”, acho que eles chegaram onde o Estado nunca chegou ou não quis chegar, fizeram o que as Leis não puderam fazer e se deixaram ser levados pela vaidade e pela ganância.


Os que ontem eram tratados como herois nas suas comunidade, hoje são tratados como bandidos, porem um fato me deixa perplexo, reparem os Srs. que as noticias que se destacam na midia são em sua maioria falando sobre a “milicia”, esquecendo as ações das facções criminosas que continuam “a todo o vapor”, nos fazendo esquecer tambem, dos hospitais que só reparamos que não funcionam quando necessitamos deles, desviando nossas atenções dos esquemas milionarios fraudulentos dos nossos Político e tantas outras coisas tão importantes do interesse da coletividade, sei que a midia tem o dever de relatar os fatos, porem não a de impor suas opiniões atravez da constancia, para mim deve ser impacial e diversificada.



E assim culpamos e caçamos “Joãozinhos” pelo nosso descaso.




Ricardo Garcia
Cidadão Brasileiro