TODOS OS POLICIAS MILITARES
Alguns companheiros, praças como eu, me questionaram sobre a minha presença no movimento intitulado “Barbonos”, liderados por alguns Oficiais Superiores da nossa Corporação, que reivindicavam reformas para nossa “Classe”, alguns companheiros duvidavam das reais intenções desse Movimento e desconfiados, não participaram, outros, o motivo foi o medo, achei natural as reações, afinal nunca alguém havia feito algo dessa natureza, ainda mais vindo de “cima”.
Alguns companheiros, praças como eu, me questionaram sobre a minha presença no movimento intitulado “Barbonos”, liderados por alguns Oficiais Superiores da nossa Corporação, que reivindicavam reformas para nossa “Classe”, alguns companheiros duvidavam das reais intenções desse Movimento e desconfiados, não participaram, outros, o motivo foi o medo, achei natural as reações, afinal nunca alguém havia feito algo dessa natureza, ainda mais vindo de “cima”.
Ao ser convidado a comparecer as reuniões pelo Sr Maj Wanderby, notei, que no inicio uma pequena fração era contrario a minha presença, cheguei a ser o único praça presente em algumas delas, porem continuei a ir, afinal, tinha dois motivos importantes que a maioria de nos não havia reparado, o primeiro era, que se eles estavam se reunindo para decidirem o meu destino e da minha família, era um dever e um direito meu estar presente nessas reuniões, como também, se fizéssemos uma, eles também devem participar, mesmo que alguns não concordem, pois temos que ver a Policia como uma só, assim como somos vistos pela sociedade, já o segundo motivo, era o mais importante para mim, pois eu estava participando de um Momento Histórico na nossa Policia, pois ele nunca havia acontecido e eu estiva lá.
Perdoe-me Amigos se não consigo dividir a nossa Policia em duas, a de Oficiais e a dos Praças, sei que alguns já sofreram algum tipo de represarias e outros, até humilhações, pois nem todos nos, Seres Humanos, estamos preparados para um relacionamento com nossos semelhantes, eu mesmo já fui um desses, pois quando escrevi meu livro “O Direito de Não Ter Direitos, A Vida de Um Policial Militar”, por ser o primeiro praça na Policia a escrever um livro na ativa, fui remanejado 15 vezes em um ano, no entanto, sempre fui de lutar pelo que acredito e nunca vou mudar, sempre respeitei e fui respeitado por ser um profissional no que faço, talvez seja por isso que não cometo o mesmo erros que alguns cometem em fazer a tal divisão, tenho verdadeiros Amigos Policias Militares, pessoas que amam sua farda e se orgulham de ser o que são, que choram a perda de um companheiro que lutava ao seu lado, que se revoltam quando são generalizados por hipócritas e demagogos que fazem parte dessa sociedade, que mesmo cansados, continuam a cumprir suas missões, são homens e mulheres que mesmo diante de todas as dificuldade, acreditam na nossa Policia.
Essa é a nossa Família Policial Militar.
A única coisa que espero da sociedade é o respeito pelas Leis que fiscalizo e não o reconhecimento pelo meu trabalho.
Ricardo Garcia
Cidadão Brasileiro
Cidadão Brasileiro