terça-feira, 21 de setembro de 2010

MEIA NOITE...



JORANL O DIA (online)
20.09.10 às 01h04
Baile de debutante na UPP
Moradora da comunidade pacificada do Chapéu Mangueira festeja 15 anos e realiza sonho de ter cadetes como príncipes da valsa
POR MARIA MAZZEI
Rio - Uma das estrelas de baile de debutantes à altura dos sonhos de qualquer garota de classe média, a jovem Noemi Costa Faria de Souza, 15 anos, nascida no Morro Chapéu Mangueira, no Leme, viveu uma noite de cinderela que certamente não imaginava poder realizar, antes de a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) chegar à comunidade. Vestidas e maquiadas como princesas, ela e 14 amigas, todas da região, dançaram à meia-noite de sábado, como manda a tradição, a ‘Valsa de uma cidade’ com os príncipes, 15 cadetes da Polícia Militar, que há pouco mais de um ano eram vistos como ameaça de confronto na comunidade.

“Estou muito feliz. Hoje (sábado) tudo está sendo mágico. Se bem que há um bom tempo já vivemos com paz aqui. Antes, se a polícia tentasse subir o morro ia acabar com a minha festa, hoje ela pode participar. Quero dançar com todos!”, brincou a jovem meio tímida, após ter sido recepcionada pelos oficiais na porta da quadra esportiva do morro, onde acontecia sua festa.

“Aqui (quadra) era reduto de bandidos armados e um dos pontos de vendas de drogas. Nos finais de semana, era onde o tráfico promovia um baile funk”, disse o subcomandante da UPP, tenente Hugo Coque.

A ideia dos cadetes da PM foi da mãe de Noemi, a diarista Carla Costa Farias, 31, depois de ter lido nos jornais sobre baile de debutantes no Morro da Providência, promovido em agosto pela UPP de lá. No evento até o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, entrou na valsa e foi um dos príncipes.

“Pedi ao comandante da UPP daqui, capitão Felipe (Lopes Magalhães), para ele trazer os cadetes para dançar na festa da minha filha. E hoje ela está tendo essa noite de princesa. É um sonho”, comemorou a diarista que cresceu no Chapéu Mangueira.

Moro aqui há 31 anos, desde que nasci, e nunca imaginei esta cena. Convidei para o aniversário da minha filha parentes e amigos que não moram no morro e, pela primeira vez, eles vieram. Antes, dava 19h e as crianças eram trancadas em casa pelas mães. Táxi não podia entrar e tínhamos que subir com bolsas de compras pesadas nos braços. Os moradores estacionavam seus carros lá embaixo na rua. Ninguém tinha tranquilidade”, desabafou.
Banda gospel de Caveiras lança CD
A banda gospel Tropa de Louvor, com 14 integrantes, entre eles sete Caveiras de Cristo, policiais evangélicos do Batalhão de Operações Especiais (Bope), lançou seu primeiro CD sábado à noite, no teatro do Sesi, em Jacarepaguá. Na coxia, antes do show começar, os homens da tropa de elite da PM treinados para matar e acostumados a enfrentar o perigo de perto, até tentavam conter a emoção, mas o nervosismo era visível.
Usando calças e coturno, parte da tradicional farda do Bope, e camisas pretas que tinham estampadas a frase em latim “Se queres a paz, prepara-te para guerra”, nos minutos finais antes da apresentação, fizeram um culto. O CD também chama a atenção. A capa é preta e dentro tem a figura de uma caveira, símbolo do Bope. “A caveira do Bope significa que vencemos a morte. Significa vitória e paz. Essa é a mensagem que queremos passar”, disse o sargento do Bope Luiz André Monteiro.
O CD tem oito faixas e está sendo vendido por R$ 15. No repertório, músicas de diversos ritmos. Algumas até falam de situações vividas por eles em confronto com traficantes

Blem...Blem....Blem....Blem...Blem...Blem...Blem....Blem...Blem...Blem...Blem...Blem...
Meia Noite....e tudo volta como era antes...

Um “Baile” ou um “Circo” ?

Me poupem com tanta palhaçada e por favor não venham tentar me censurar pelo que escrevo ou pelo que estou sentindo nesse momento.


Tudo bem ... a policia é dos Srs e pode fazer o que quiser como sempre foi, no entanto esqueceram que nunca fizeram nada pelos nossos filhos, ate mesmo aquela encenação de casamento comunitário, para uma grande maioria, não passou de uma promessa para suas companheiras.


Ora, depois dizem que eu estou discriminando ao dizer que “pro filho do favelado TUDO”, no entanto deveriam dizer que eu sou discriminado ao ver “pro filho do policia NADA”

Esqueceram que querem até acabar com o nosso ÚNICO COLEGIO?


Se fosse para o favelado talvez fizessem ate mesmo uma faculdade para estudarem gratuitamente e com vagas garantidas.

Para o Policial tudo é difícil e ninguém NUNCA se preocupou com nada.


Sim, estou revoltado com tanta demagogia e hipocrisia, pois para os nosso filhos, quando tentamos realizar seus “sonho”, temos que virar noites e noites em bicos e nos endividar ate o pescoço nesse “banquinhos” que crescem as custas do nosso Suor e Sangue.


Desculpe-me por ainda ter forças para ficar aqui escrevendo essas palavras, pois deveria fazer o que a maioria de nos faz, deixa pra La e espera só o tempo passar.

No entanto, mudaria nada a não ser o meu EU


Lamento que sejam apenas "susssurros" essas palavras

Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro