domingo, 11 de abril de 2010

BONECOS



Bombeiros trabalham incansáveis na buscas pelos corpos soterrados nos deslizamentos no Estado do Rio Foto: Eduardo Naddar / Agência O Dia
10.04.10 às 21h32 > Atualizado em 10.04.10 às 23h42


JORNAL O DIA (online)

Força movida por amor ao trabalho e à solidariedade
Bombeiros mobilizados dão prova de heroísmo na busca incansável por sobreviventes
Rio - Cento e vinte horas de uma busca incansável por corpos e sobreviventes das tragédias que assolaram o Rio e Niterói esta semana. Exausto e coberto de lama, o cabo bombeiro Renan Wiltshire, 36 anos, trabalhou cinco dias seguidos como voluntário. Só a sede o fez parar — momentaneamente — na procura no mar de lama e lixo. A determinação do oficial retrata o esforço de 2.500 bombeiros que, desde segunda-feira, retiraram de escombros os corpos de mais de 200 vítimas.
“Em 12 anos de trabalho, nunca vi tragédia como essa. São famílias inteiras dilaceradas, uma dor tão grande que afeta a todos”, desabafa o cabo, que descreve como pior momento o resgate de bebês e cadeirantes ilhados em São Gonçalo. Assim como muitos colegas, ele ajuda nas horas de folga. Dormiu pouco e se alimentou só com frutas e água. “Quando começaram os deslizamentos, estava no fim de um plantão. Voltei e não parei. O amor pelo trabalho e a solidariedade é o que me move”, garante ele, que está no Morro do Bumba.


Do outro lado da Baía de Guanabara, no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, o bombeiro Fabiano Oliveira consolava um morador voluntário. Envolvido há três dias na procura por sobreviventes, ele se comoveu com a dor do parente de uma vítima. “É um momento carregado de emoção. A gente sabe que cada corpo tinha uma história. Mesmo em casa, é difícil esquecer as cenas”, relata.
Chuva, cansaço e riscos

A comoção não é a única adversidade dos heróis anônimos. A chuva não dá trégua e, a cada dia, moradores de outros locais afetados gritam por socorro. De acordo com o chefe do Estado-Maior da corporação, coronel José Paulo Miranda, as escalas de folga dos 17 mil homens foram reduzidas de três para dois dias. “Fazemos revezamento para diminuir o desgaste, mas muitos se apresentam como voluntários”, afirmou o comandante, que conta com o apoio da Defesa Civil, Polícia Militar, Força Nacional de Segurança e civis voluntários.

Em algumas áreas, como o Morro do Bumba, há risco para a saúde dos soldados, devido ao gás e chorume. O grupo trabalha com macacões emborrachados, botas, máscaras e duas luvas. No solo mais instável, trabalham presos a cintos, para não afundar na lama. Para o tenente-coronel Roberto Sobral, que retirou 12 corpos, o maior obstáculo da missão é a falta de sobreviventes: “A esperança é de resgatar vidas. Cada vez que vejo a retroescavadeira diminuir o ritmo, é o sinal de que achou alguém. A esperança não chegou ao fim”.

Até o Grupamento de Busca e Salvamento, especializado em resgates e com experiência em grandes tragédias se impressionaram. “Passamos três horas e meia para salvar um rapaz no Morro dos Prazeres. Quando quebramos o concreto, ele estava em posição fetal, ao lado do irmão morto. Foi a cena mais impactante a que assisti. Até os mais preparados se abalam”, revela o comandante do grupo, cel. Ricardo Loureiro.

Reportagem de Christina Nascimento e Vania Cunha

Provar mais o que?
Deixem de ser sensacionalistas, de se aproveitarem da desgraça para se promoverem.

Esses Homens, fazem isso o tempo todo, e NINGUEM VE, é igual a PM, quando a “corda aperta no pescoço” SOCORRO POLICIA !!!! me poupem !!!!

Estou cansado dessa “Palhaçada”
Precisa cair o MUNDO, vagabundo tem que meter uma arma na cara para sentirem na pele e para darem VALOR ???

E o salário ?
A dignidade ?
O respeito ?
Onde estão????

Um Governo Hipócrita e Demagogo, uma Sociedade Podre, uma Mídia vendida, Leis maleáveis conforme a conveniência, sistema arcaico, autoridades coniventes com o Caos....
É..... realmente somos “Heróis” por aceitar isso tudo CALADOS e continuarmos a cumprir nossa PALAVRA
Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Enxugador de Gelo
HERÓI
Cidadão Brasileiro