JORNAL O GLOBO (online)
Investigações
Parentes e amigos de juíza assassinada fazem manifestação em frente ao Fórum de São Gonçalo
Publicada em 15/08/2011 às 19h09m
Ana Claudia Costa (accosta@oglobo.com.br) e O Globo (granderio@oglobo.com.br)com CBN
RIO - Funcionários do Fórum de São Gonçalo, além de familiares de Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros quando chegava em casa na noite de quinta-feira, em Niterói , fazem uma manifestação em frente ao local onde a juíza trabalhava. Usando mordaças na cor preta, eles colocaram rosas no chão, em silêncio, em um ato de protesto pelo assassinato. Durante o ato, Humberto Nascimento, primo da juíza, disse que a família está insatisfeita com o governo estadual, que se recusou a aceitar a ajuda da Polícia Federal para esclarecer o assassinato. Nascimento, que é jornalista, disse que a família irá se pronunciar sobre as investigações depois que a morte de Patrícia completar uma semana. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção São Gonçalo, José Luís Muniz, também acompanha o ato público. Ele disse esperar que este crime não seja esquecido "para que a pistolagem contra magistrados não se torne fato comum no Rio de Janeiro."
Nesta segunda-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, comentou nesta segunda-feira o assassinato da juíza Patrícia Acioli, em Niterói. Mendes acredita que o assassinato pode provocar um "temor generalizado" entre os magistrados.
- Acho extremamente grave. Certamente sugere que o crime organizado está ficando muito mais ousado. Quando se matam juízes, porque estão exercendo a sua profissão, nós devemos ficar preocupados. É uma agressão que tem caráter simbólico por agredir a autoridade que está reprimindo o crime.
Policiais civis continuam realizando diligências à procura de pistas que possam elucidar o caso. Um grupo de juízes, familiares e policiais da Divisão de Homicídios está no gabinete onde Patrícia Acioli trabalhava, no Fórum de São Gonçalo. Nesta segunda, uma força-tarefa formada por três juízes vai assumir a 4ª Vara Federal, onde Patrícia Acioli atuava. Somente esta semana a pauta dela contava com cinco julgamentos, a maioria de policiais militares acusados de homicídio. Eles farão um levantamento dos casos que estavam sob responsabilidade da juíza para avaliar possíveis ligações entre os réus dos processos e o crime.
Patrícia lidava principalmente no combate a milícias, grupos de extermínio e máfia de vans. Ela também era rigorosa no julgamento de autos de resistência (registros de mortes em confrontos com a polícia) e considerada linha-dura com os maus policiais. Estima-se que ela condenou mais de 60 deles nos últimos dez anos. O Disque-Denúncia informou ter recebido até as 19h desta segunda-feira, 87 informações a respeito do assassinato da juíza.
Em 2009, a juíza foi informada pela Polícia Federal (PF) de que integrantes da máfia das vans de São Gonçalo estariam tramando sua morte e as de seus familiares . O plano foi descoberto por meio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça nas linhas de Luis Anderson de Azeredo Coutinho, considerado um dos principais bicheiros de São Gonçalo.
A magistrada fez questão de registrar o fato, ao negar, em 26 de agosto de 2009, um pedido de revogação da prisão preventiva de Luiz Rogério Gregório - ele e outros integrantes da máfia das vans são acusados pela morte de Idelfonso Teixeira de Abreu, que pretendia denunciar o grupo pela cobrança de um "pedágio" de motoristas da região. Na época, Gregório estava foragido. O processo ainda tramita na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.
Em um dos trechos do documento, Patrícia escreveu: "Com o resultado de todos os fatos, poderemos verificar se efetivamente as ameaças noticiadas pela Polícia Federal adviriam dos fatos ora em apuração neste feito e nos outros em que os acusados são os mesmos". A última manifestação da juíza neste processo data de 25 de abril deste ano, quando ela pronunciou os réus, isto é, decidiu levá-los a júri popular. Eles recorreram, mas a juíza manteve a decisão, em 27 de julho. Desde 8 de agosto, os autos estão no Tribunal de Justiça do Rio.
Morto era suspeito de integrar grupo de extermínio
Menos de um dia após a morte de Patrícia, um segundo assassinato chamou a atenção da polícia. Anderson Marinho de Oliveira, conhecido como Portuguesinho, 36 anos, morreu executado com vários tiros na tarde de sexta-feira em Tenente Jardim, São Gonçalo. Ele era acusado de pelo menos três homicídios e suspeito de integrar um grupo de extermínio que atua nos bairros Venda da Cruz e Tenente Jardim.
A polícia prefere não associar os crimes por enquanto, mas não descarta a possibilidade de ligação entre as mortes. Anderson possuía uma extensa ficha criminal. Passou pela cadeia várias vezes. A última prisão ocorreu em maio deste ano, quando foi reconhecido como um foragido da Justiça pelo promotor Paulo Roberto Mello Cunha, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, em uma blitz policial.
Na ocasião, os policiais da 76ª DP (Niterói) confirmaram a existência de um mandado de prisão pendente no nome do acusado por um homicídio cometido em janeiro de 1996. Contudo, Anderson não permaneceu preso por muito tempo. Em processos anteriores, falta de provas materiais e o silêncio de testemunhas garantiram a liberdade do acusado.
Coincidentemente ou não, o promotor responsável pela última prisão de Anderson trabalhava diretamente com a juíza Patrícia Acioli. O nome de Paulo Roberto, inclusive, se encontra na "lista negra" de pessoas marcadas para morrer de Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, apontado pela polícia como chefe de um grupo de extermínio responsável por pelo menos 16 mortes na região.
A lista também incluía o nome da juíza, do delegado Geraldo Assed, de três policiais do Núcleo de Homicídios da 72ª DP (Mutuá), além de testemunhas dos crimes e até mesmo de integrantes do grupo de extermínio que teriam apontado Wanderson como líder. Ele foi preso em Guarapari, no Espírito Santo, em janeiro desse ano. Cinco PMs e um policial civil que pertenciam ao grupo foram presos em novembro do ano passado.
Creio que esse caso podemos compará-lo as torres gêmeas nos EUA, pois ninguém acreditava que pudesse acontecer e aconteceu.
E assim, os nossos Bim Laden mostraram que os nossos Juízes são tão vulneráveis quanto o País que se achava o “Todo Poderoso”
Ora Srs, mais uma vez repito as nossas palavras celebres, “Hipocrisia e demagogia” afinal são as únicas que conhecemos.
Os Srs lembram da historia do coelho ? pois bem, é o que vai acontecer,
para os que não se lembram vou contar novamente
Dizem que houve uma competição internacional para ver qual era a melhor Policia do Mundo.
Na final ficaram empatados os Ingleses com a SCOTLAND YARD, os Americanos com o FBI e nos Brasileiros com a nossa, também famosa “Policia Carioca”
Para um desempate rápido, os Juízes da prova decidiram inovar, soltaram um Coelho no meio de um matagal e cada Policia, deveria usar as suas qualidades para capturá-lo o mais rápido possível e quem fizesse o menor tempo seria considerada a Melhor Policia do Planeta.
Pois bem, e assim soltaram o primeiro coelho e lá se foi a SCOTLAND YARD, usando seue melhores equipamentos, com lupas poderosíssimas, meios científicos e cinco minutos depois, trouxeram o pobre coelho.
Agora foi a vez do FBI, e novamente soltaram o Coelho, com o auxilio de satélites, armas poderosa e um ótimo treinamento, conseguiram capturar o coelho em apenas três minutos
A platéia foi ao delírio, pois foi uma coisa espetacular, porem ainda faltava a nossa querida Policia
E lá se vai o coelho no meio da mata
Dois minutos após, voltaram os nosso Policias com uma cara todo amarrado, com a cara cheia de hematomas, sem alguns dentes gritando :
EU SOU UM COELHO....EU SOU UM COELHO
E assim teremos a resposta rápida para a nossa "manipulada" sociedade
Agora querem “segurança” talvez por sentirem a “pimenta” nos olhos, e quanto aos nossos Policias ? será que também não representam o Poder Publico? Será que quando são caçados, torturados e executados pelos marginais também não merecem a atenção? Onde estão os Srs Juízes ? Os Srs Políticos? Onde estão os “manifestantes”? será por não ter um destaque na mídia é que não aparecem?
Isso me da nojo
Se chegamos a esse ponto posso garantir que a culpa é de todos nos, pois só damos valor quando sentimos na própria carne.
Porem ficamos tentando “tampar o sol com a peneira” pois não temos a coragem de cobrarmos do Poder publico e mostrar a sua incompetência.
Ao invés de tentar inibir as ações criminosas as incentivamos com penas mais brandas ou brechas as quais permitam que retornem a criminalidade.
Quantos marginais são colocados nas ruas por esses Srs? quantos são presos e quando olhamos suas fichas criminais comprovamos que há mais de uma “passagem” pela Policia? Será que isso é “Justiça”?
Foi o caso recente do parque de diversão em que uma adolescente morreu ao ser atingida por um brinquedo que caiu, a dona do parque já estava respondendo pelo mesmo motivo onde outra criança também já havia morrido no seu parque.
E a dor dessa família, será que é menos do que a da família da Juíza?
Será que devemos esperar um Deputado ser morto para mudarem nossas Leis?
Ou para eles só interessa aumentar seus salários?
Devemos é ter vergonha na cara e assumirmos que somos omissos e coniventes com esta situação.
De onde irão tirar seus seguranças? Das ruas desprotegendo aqueles que pagam seus impostos para ter-la?
Ou vamos pegar nossos coelho e esperarmos cair no esquecimento?
Se acham que não estão seguros imaginem nos, que temos a certeza que não somos Deuses.
Ricardo Garcia
Cidadão Brasileiro