JORNAL O GLOBO (online)
Fim das 'panelinhas'
Nova cúpula da PM diz que comandantes não poderão levar equipe na transferência
Publicada em 04/10/2011 às 23h30m
Gustavo Goulart (gus@oglobo.com.br)
RIO - A nova cúpula da Polícia Militar quer acabar com a "panela" nos batalhões. A partir de agora, os comandantes não poderão levar suas equipes ao serem transferidos. Somente os subcomandantes poderão seguir os passos de seu superior, de acordo com determinação do comando-geral. O objetivo é evitar que se estabeleçam vínculos entre os comandantes e seus subordinados e permitir uma avaliação de desempenho isenta.
Outra medida envolvendo a PM foi anunciada na terça-feira pelo governador Sérgio Cabral: a construção, em um ano, de um novo presídio para policiais, acabando de vez com o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica . A nova cadeia para PMs será construída no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste. O prédio onde hoje fica o BEP será transformado em cadeia feminina.
Comandantes ficarão pelo menos um ano em batalhões
As restrições foram criadas após vir à tona a ligação do tenente-coronel Cláudio Luiz Oliveira, que comandava o 7º BPM (São Gonçalo), com alguns policiais acusados do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em especial, o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes.
" Acabou aquela movimentação de 20 a 30 servidores toda vez que um oficial era transferido para o comando de outra unidade "
- Acabou aquela movimentação de 20 a 30 servidores toda vez que um oficial era transferido para o comando de outra unidade. A Polícia Militar quer construir uma estrutura para que praças e oficiais sejam avaliados imparcialmente. O objetivo é compartilhar a responsabilidade pelo desempenho do policial - informou o coronel Frederico Caldas, coordenador de comunicação social da Polícia Militar, ressaltando que algumas exceções poderão ocorrer, por exemplo, quando algum posto no batalhão estiver desfalcado.
Outra medida tomada pelo comandante da PM, coronel Erir Costa Filho, e pelo chefe do Estado-Maior Operacional, coronel Alberto Pinheiro Neto, diz respeito ao tempo de lotação dos comandantes em uma determinada unidade. A movimentação constante, muito comum durante a gestão anterior, do coronel Mário Sérgio Duarte no comando da corporação, será abolida. Agora, os comandantes passarão a ficar nas unidades por pelo menos um ano, ao final do qual serão avaliados.
O pouco tempo de permanência de comandantes nos batalhões é uma das críticas feitas por moradores nas reuniões dos conselhos comunitários de segurança, de acordo com a PM.
- Os participantes reclamam da falta de vínculo dos comandantes com as comunidades. A medida dará mais estabilidade ao comandante e estimulará um compromisso maior. Agora, ele saberá quando poderá ser transferido, e se preparar para atingir as metas, controlar gastos e se aproximar da comunidade - disse Caldas. - Os comandantes poderão permanecer nas unidades após uma análise de seu trabalho do ponto de vista operacional, administrativo e correcional.
A Polícia Militar também já escolheu o nome do novo titular do Comando de Policiamento Especializado. Será o coronel Jose Vieira de Carvalho Júnior, que estava lotado no 7º Comando de Policiamento de Área (CPA), responsável pelos batalhões de Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e Três Rios.
Os novos titulares dos Comandos de Policiamento de Áreas (CPAs) têm até as 10h desta quarta-feira para informar ao Quartel General da PM os nomes dos oficiais indicados para assumir os batalhões da corporação. A única exceção é para o 2º CPA (batalhões das zonas Norte e Oeste) porque o atual comandante da unidade, coronel Aristeu Leonardo, está viajando e não tomou conhecimento do prazo.
Para o comando do 1º CPA, responsável por 13 unidades, entre elas a 1ª Companhia Independente da PM no Palácio Guanabara, foi escolhido o coronel Luiz Castro. O 3º CPA (seis batalhões da Baixada Fluminense) terá à frente o coronel Danilo Nascimento, que deixa o comando do 27º BPM (Santa Cruz).
O 4º CPA (batalhões de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí e Cabo Frio) será comandado pelo coronel Maurício Moraes. O 5º CPA (Barra do Piraí, Volta Redonda, Angra dos Reis e Resende) será controlado pelo coronel Cezar Augusto Tanner de Lima Alves, que comandava o 35º BPM (Itaboraí). Para o 6º CPA, irá o coronel Maurício Salles Rodrigues. E para o 7º CPA foi escolhido o coronel James de Barros, ex-comandante do 29º BPM (Itaperuna).
Uma idéia muito boa do novo Comando da PM em manter um Comandante de Unidade no mínimo um ano em seu cargo, afinal, o vinculo com a sociedade, um dos objetivos principais, o qual ele construiu não irá se desfazer de uma hora para outra sem qualquer aviso deixando a sociedade “perdida”.
Fim das 'panelinhas'
Nova cúpula da PM diz que comandantes não poderão levar equipe na transferência
Publicada em 04/10/2011 às 23h30m
Gustavo Goulart (gus@oglobo.com.br)
RIO - A nova cúpula da Polícia Militar quer acabar com a "panela" nos batalhões. A partir de agora, os comandantes não poderão levar suas equipes ao serem transferidos. Somente os subcomandantes poderão seguir os passos de seu superior, de acordo com determinação do comando-geral. O objetivo é evitar que se estabeleçam vínculos entre os comandantes e seus subordinados e permitir uma avaliação de desempenho isenta.
Outra medida envolvendo a PM foi anunciada na terça-feira pelo governador Sérgio Cabral: a construção, em um ano, de um novo presídio para policiais, acabando de vez com o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica . A nova cadeia para PMs será construída no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste. O prédio onde hoje fica o BEP será transformado em cadeia feminina.
Comandantes ficarão pelo menos um ano em batalhões
As restrições foram criadas após vir à tona a ligação do tenente-coronel Cláudio Luiz Oliveira, que comandava o 7º BPM (São Gonçalo), com alguns policiais acusados do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em especial, o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes.
" Acabou aquela movimentação de 20 a 30 servidores toda vez que um oficial era transferido para o comando de outra unidade "
- Acabou aquela movimentação de 20 a 30 servidores toda vez que um oficial era transferido para o comando de outra unidade. A Polícia Militar quer construir uma estrutura para que praças e oficiais sejam avaliados imparcialmente. O objetivo é compartilhar a responsabilidade pelo desempenho do policial - informou o coronel Frederico Caldas, coordenador de comunicação social da Polícia Militar, ressaltando que algumas exceções poderão ocorrer, por exemplo, quando algum posto no batalhão estiver desfalcado.
Outra medida tomada pelo comandante da PM, coronel Erir Costa Filho, e pelo chefe do Estado-Maior Operacional, coronel Alberto Pinheiro Neto, diz respeito ao tempo de lotação dos comandantes em uma determinada unidade. A movimentação constante, muito comum durante a gestão anterior, do coronel Mário Sérgio Duarte no comando da corporação, será abolida. Agora, os comandantes passarão a ficar nas unidades por pelo menos um ano, ao final do qual serão avaliados.
O pouco tempo de permanência de comandantes nos batalhões é uma das críticas feitas por moradores nas reuniões dos conselhos comunitários de segurança, de acordo com a PM.
- Os participantes reclamam da falta de vínculo dos comandantes com as comunidades. A medida dará mais estabilidade ao comandante e estimulará um compromisso maior. Agora, ele saberá quando poderá ser transferido, e se preparar para atingir as metas, controlar gastos e se aproximar da comunidade - disse Caldas. - Os comandantes poderão permanecer nas unidades após uma análise de seu trabalho do ponto de vista operacional, administrativo e correcional.
A Polícia Militar também já escolheu o nome do novo titular do Comando de Policiamento Especializado. Será o coronel Jose Vieira de Carvalho Júnior, que estava lotado no 7º Comando de Policiamento de Área (CPA), responsável pelos batalhões de Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e Três Rios.
Os novos titulares dos Comandos de Policiamento de Áreas (CPAs) têm até as 10h desta quarta-feira para informar ao Quartel General da PM os nomes dos oficiais indicados para assumir os batalhões da corporação. A única exceção é para o 2º CPA (batalhões das zonas Norte e Oeste) porque o atual comandante da unidade, coronel Aristeu Leonardo, está viajando e não tomou conhecimento do prazo.
Para o comando do 1º CPA, responsável por 13 unidades, entre elas a 1ª Companhia Independente da PM no Palácio Guanabara, foi escolhido o coronel Luiz Castro. O 3º CPA (seis batalhões da Baixada Fluminense) terá à frente o coronel Danilo Nascimento, que deixa o comando do 27º BPM (Santa Cruz).
O 4º CPA (batalhões de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí e Cabo Frio) será comandado pelo coronel Maurício Moraes. O 5º CPA (Barra do Piraí, Volta Redonda, Angra dos Reis e Resende) será controlado pelo coronel Cezar Augusto Tanner de Lima Alves, que comandava o 35º BPM (Itaboraí). Para o 6º CPA, irá o coronel Maurício Salles Rodrigues. E para o 7º CPA foi escolhido o coronel James de Barros, ex-comandante do 29º BPM (Itaperuna).
Uma idéia muito boa do novo Comando da PM em manter um Comandante de Unidade no mínimo um ano em seu cargo, afinal, o vinculo com a sociedade, um dos objetivos principais, o qual ele construiu não irá se desfazer de uma hora para outra sem qualquer aviso deixando a sociedade “perdida”.
Pois idéias são particularidades de cada um as quais, deveriam ter uma continuidade caso fossem do interesse e beneficio coletivo, o que não acontecia, pois um pintava de azul e branco, uma hora depois vinha outro e pintava de branco e azul sem tem a preocupação de saber se estava resolvendo os problemas ou não.
Já relativo a preocupação do Governo na construção de um novo presídio para “Policias” creio que escolas e hospitais seriam mais uteis e urgentes para suprirem as necessidades da população.
talvez seja mais uma forma de tentar mudar a imagem que ele mesmo construiu de seu Governo usando mais uma vez a Policia como instrumento, pois não são só “Bandidos transvestidos de Policias” que praticam crimes, temos também “Bandidos transvestidos de Políticos”, “Bandidos transvestidos de Juízes”, e muitos outros “Bandidos transvestidos” infiltrados em nossa sociedade os quais, se fossemos fazer presídios para tantos, como havia dito, seria mais econômico cercarmos nossas fronteiras com muros e arames farpados.
Creio que estejamos vendo uma luz no final do túnel, embora esteja muito distante ainda nos enche de esperança de melhorias.
Ratifico que o investimento no Homem ainda seja a única solução, mesmo que tiremos algumas pedras que insistiam em deixar no caminho para dificultarem essa “caminhada” pois não existe ninguém que possa fiscalizar a consciência de cada um a não ser ele mesmo e é através de motivação, de conhecimentos somados ao caráter é que conseguimos extrair o maximo de cada um.
Continuemos a observar e principalmente em participar com idéias, com sugestões, com critias sejam elas positivas ou não, afinal todos serão beneficiados com uma Policia de verdade.
Ricardo Garcia
Cidadão Brasileiro
