domingo, 26 de setembro de 2010

A VIDA COMO ELA É



JORNAL O DIA (online)
26.09.10 às 13h48 > Atualizado em 26.09.10 às 16h18
Morre obesa mórbida que passou 12 horas em ambulância
Rio - Morreu na madrugada deste domingo Sebastiana Pinheiro da Silva, mulher de 65 anos que na última sexta-feira ficou cerca de 12 horas em uma ambulância em Tanguá, na Região Metropolitana do Rio, esperando atendimento médico. Ela pesava cerca de 300 quilos e estava internada no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sebastiana morreu devido a um choque cardiogênico, causado por insuficiência cardíaca agravada por uma hemorragia digestiva, além dos fatores complicadores decorrentes da obesidade mórbida.

Sebastiana ficou 12 horas numa ambulância em Tanguá, procurando auxílio médico na cidade. Ela começou a se sentir mal na noite de quinta-feira e a família denunciou o descaso, afirmando que um médico da Policlínica de Tanguá recusou-se a atendê-la, informando que a unidade não tinha condições de receber a paciente, nem medicamentos disponíveis para tratá-la.

A mulher só conseguiu atendimento no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói - município distante 60 quilômetros de Tanguá - na manhã de sexta-feira, onde deu entrada com quadro de hemorragia digestiva, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Pela tarde, Sebatiana foi transferida para o hospital em São Gonçalo, vindo a falecer nesta madrugada.

Explicações

Na sexta-feira, o subsecretário de Saúde de Tanguá, Osmar Siqueira, disse que a família da paciente não permitiu que ela fosse retirada da ambulância. O genro de Sebastiana confirmou que os parentes impediram a retirada, mas por recomendação do próprio médico da Policlínica que fez o atendimento inicial. O subscretário afirmou que a secretaria do município vai criar uma comissão para apurar o que ocorreu. A família informou que registrou o caso na 71ª DP (Itaboraí).

Nota oficial da secretaria afirmou que a Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) disponibilizou um oficial do Corpo de Bombeiros para acompanhar e providenciar, caso haja necessidade, um veículo para realizar o translado do corpo. De acordo com a nota da Secretaria Estadual de Saúde, as secretarias de Saúde e Assistência Social de Tanguá se colocaram à disposição da família para realizar o enterro

Queria saber se essa Sra estava preocupada com as Olimpíadas ou a Copa do Mundo, creio que ela só queria que alguém a socorresse, são tantos com o mesmo problema que só para quem conhece alguém com obesidade sabe como é o sofrimento e a discriminação que passam.

A fila para fazerem uma cirurgia é algo imaginário, somado a “via crucis” para obterem exames para uma possível intervenção cirúrgica, onde a maioria não possuem recursos para fazê-los em uma Unidade particular.

Agora é o jogo do “empurra- empurra” onde só ha os incapazes.

Aqueles que deveriam ter socorrido

E aquela que morreu por não ter tido a quem mais pedir socorro

VIVA A COPA !
VIVA AS OLIMPÍADAS !
SOBREVIVA A MENTIRA !

Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro