O trânsito lento facilita a vida dos ladrões: golpes vão das pequenas colisões ao uso de bombas de festa junina para assustar motoristas. Foto Marcelo Regua/Ag. O Dia
JORNAL O DIA (online)
19.09.09 às 23h16 > Atualizado em 20.09.09 às 01h19
Ladrões criam truques para render motoristas
‘Batidinha’ que obriga vítima a desembarcar para ver o estrago é a nova ameaça nos sinais
POR VANIA CUNHA, RIO DE JANEIRO
Rio - Uma batidinha na traseira do veículo parado em um sinal. Motoristas descem para verificar o estrago. A cena comum no trânsito da cidade pode esconder uma nova armadilha de assaltantes para roubar carros. A nova tática adotada pelos ladrões pode ajudar a polícia a entender o que teria levado dois policiais militares a descer do veículo blindado, da segurança do presidente da Cedae, Wagner Victer. Os sargentos foram mortos em assalto esta semana, no Engenho de Dentro.
Segundo a polícia, no local do crime testemunha chegou a dizer que os bandidos teriam encostado no carro dos seguranças.A batidinha se junta aos truques sujos que criminosos têm usado no Rio para fazer o motorista parar. O ataque que deixou em coma a professora de Educação Física Ciléia Cordeiro, 27 anos, há duas semanas, por exemplo, foi causado por uma pedra para obrigá-la a parar na Linha Amarela. “O marginal é criativo, está sempre inventando táticas para roubar.
Eles inovam, mas a polícia é ainda mais sagaz”, garante o diretor de Polícia da Capital, delegado Ronaldo Oliveira. O titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Autos (DRFA), Márcio Mendonça, confirma a audácia dos ladrões. “Não é a predominância, mas vemos casos de colisões forjadas, defeitos nos carros, modalidades diferentes com o mesmo objetivo de roubo”, contou.Ao cruzar a Estrada das Canárias, na Ilha do Governador, o comissário de bordo Cristiano Mendes, 30 anos, não podia imaginar a surpresa que o aguardava. No meio da pista quase deserta, uma barreira impedia a passagem do veículo. “Vi que era um sofá no meio da estrada. Cheguei a parar, mas percebi que havia homens prontos para atacar”, contou Cristiano, que conseguiu fugir em alta velocidade. “Isso me deixa chateado. Vou sair do Rio para viver mais seguro”.
A habilidade dos bandidos para montar armadilhas cada vez mais inusitadas fez com que a professora J., 32 anos, parasse no hospital com crise nervosa. “Estava passando no Riachuelo e ouvi estrondo no meu carro. Outro veículo emparelhou e um homem disse que tinha um defeito. Quando reduzi, dois homens desceram e me renderam. Fiquei tão nervosa que passei mal. A cidade está cada vez mais louca”, desabafa.
Mais cabines blindadas nos planos da PM“Jogar pedra nos vidros, colocar objetos na pista para furar pneus. São táticas usadas por criminosos para tentar roubar. Sempre que chove e as pistas da Avenida Brasil alagam, eles também tentam render motoristas”, afirma o comandante do Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRv), coronel Aristeu Leonardo Tavares.
Para conter os assaltos, a PM está atacando em várias frentes. “Reforçamos o patrulhamento com motos nas áreas mais críticas, firmamos parceria com concessionárias para acessar imagens das câmeras e fechamos projeto para instalar mais três cabines blindadas”, anuncia o oficial
EMBOSCADAS
BATIDINHA Com pequenas colisões, simulando acidentes de trânsito, os bandidos forçam o motorista a parar e desembarcar do carro. Quando a vítima pensa que vai apenas conferir os estragos, é rendida.
PEDRADAS Em vias expressas e na estrada, quando o veículo trafega em velocidade mais alta, os bandidos tentam lançar pedras ou tijolos para quebrar o vidro e obrigar o motorista a parar.
BOMBINHAS Bombas de festa junina são usadas, em pistas de baixa velocidade, para fazer com que o motorista pense que houve um estouro em seu carro.
ESTACIONAMENTO O bandido escolhe o carro ao ver o motorista estacionar. Calmamente, pede que a vítima vá ao local, dizendo que está com o carro ‘preso pelo outro veículo’. No local, o motorista é rendido.
SIMULAÇÃO DE DEFEITO Assaltantes ‘avisam’ sobre um suposto problema no carro da vítima, geralmente parada em um sinal. Ao parar ou reduzir a velocidade para verificar o defeito, os bandidos atacam.
Há duas razões para que um crime aconteça: primeiro, A VONTADE; segundo, A OPORTUNIDADE. Em relação à primeira situação, nada se pode fazer; mas quanto à oportunidade, pode-se impedir que ela apareça, adotando medidas preventivas.
Infelizmente e lógico, que só podemos utilizar como experiência, os fatos que já ocorreram, torcendo para que não tenham sido fatais, o resto dependerá da “malícia” de cada um, e usarmos a mesma “arma” que eles utilizam: A IMAGINAÇÃO
O que deveríamos ter na verdade, ao menos para atenuar as ações, seria as nossas Leis, mais rigorosas e menos flexíveis diante dos possíveis argumentos, para que com a certeza de uma punição haja uma reflexão das possíveis ações criminosas.
Podemos reparar, quase que diariamente, pessoas nocivas a nossa Sociedade, sendo beneficiadas pelas nossas Leis e o pior, sendo reincidentes na vida do crime devido a esses “benefícios”, provando sem sobra de duvida que, não temos um “aparelho de reintegração” eficaz, desses “Elementos”, sendo ate um “trágico cômico” onde se olharmos por um outro ângulo, o elemento comete um crime, é preso e depois volta para cometê-lo novamente e tentar não ser preso dessa vez, quanto a vitima, hoje em dia, seria difícil dizermos, que ela também não tenha a “experiência de Vitima” afinal sabemos que vários membros da nossa sociedade já sofreram mais de um assalto.
Embora, a Policia, nunca tenha deixado de fazer o seu “papel”, fica difícil, quase impossível, tentar estar presentes na hora e no local exato para coibir tais ações, afinal não são videntes, trabalham sob estatísticas, que para mim, de nada adianta, a não ser, para os que estão fixos naquele lugar exato, passando a ser “exclusivos” para uma minoria privilegiada, gerando ao meu ver, um vinculo político e não social.
As ações atuais que a Policia desenvolve em determinadas área são obsoletas e paliativas, não acompanhando a evolução de números de habitantes, do crescimento de habitações e nem, ate mesmo do perfil dos moradores daquela área, embora não seja exato mas, provável, tendo somente o presente como objetivo e não o futuro.
Podemos exemplificar as cabines, aqui mesmo nesse Blog, em uma postagem anterior, comentei sobre esse caso, onde há um planejamento através das tais estatísticas, um gasto do dinheiro publico para a confecção do “projeto’ e devido a falta de manutenção, que englobam um complexo envolvimento de fatores para a sua finalidade, tais como, homem, alimentação, apoio, luz, água, conforto, comunicação, dentre outros, são deixadas de lado até que haja uma manifestação de interesses, como havia dito no parágrafo anterior; “exclusivo” para uma minoria privilegiada, o tal vinculo “Politico”
Reparem os Srs que estamos falando de “crimes” e já discutimos sobre o que torna as ações em crime (Leis), na ineficácia da reeducação, na ação e na prevenção e agora no principal.
O Sentimento Humano, como todos nos sabemos, é imprevisível, tanto para as ações, quanto para a vontade de realizá-las. A Policia é utilizada como instrumento não de apaziguador de conflitos e sim de vontade e interesses pessoais políticos.Não há na verdade um direcionamento para a população, a tão sonhada Policia Cidadã, é mera especulação política em face da volubilidade de “orquestração” tornando um grande laboratório cuja as experiências em muitas das vezes, ate mesmo trazidas de fora e da realidade impar de cada caso, se tornam um desastre com dimenções catastrófica e inrevessivel.
O estereótipo do profissional de segurança é mantido, e em conseqüência, não é aproveitado a sua capacidade, embora ela seja necessária para a desenvoltura de suas ações, causada principalemnte pela vaidade e ignorancia de alguns e principalmente a sua falta de valorização .
Perdoe-me se alonguei em uma simples postagem, ultimamente tenho me deixado ser levado por sonhos e vontades que infelizmente não passaram de palavras em que muitas das vezes mal interpretadas, embora seja apenas uma ponta de iceberg.
Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro