sábado, 22 de maio de 2010

SHOW .....Pode virar moda



Procuradora aposentada Vera Lúcia Sant' Anna Gomes disse não reconhecer imagens da tortura Foto: Reprodução TV


JORNAL O DIA (online)
21.05.10 às 21h09 > Atualizado em 21.05.10 às 23h05


Procuradora fala pela primeira vez e diz que vai provar sua inocência


Presa por torturar menina de 2 anos, procuradora de Justiça aposentada nega ter agredido criança, admite apenas ter feito xingamentos e afirma que não merecia estar na cadeia


Rio - Há oito dias presa por torturar a menina T., de 2 anos, que pretendia adotar, a procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia Sant’Ana Gomes, 66, disse ontem, em entrevistas a duas emissoras de TV, que os hematomas no rosto da menina são um “mistério”. Afirmando jamais ter batido na menina, ela contestou a veracidade do laudo do Instituto Médico Legal (IML) e admitiu apenas ter xingado a criança.
“Essa falha (os xingamentos) eu tive. Mas foi tão pequena diante da alegria que dei e que daria a ela. Eu faria dela um ser humano digno e culto. O que aconteceu foi um deslize que toda mãe tem. Atire a primeira pedra a mãe que nunca teve um dia nervoso, TPM, que não brigou com o marido. Estão exigindo de mim um modelo de perfeição porque sou procuradora de Justiça. Sou uma pessoa carinhosa. Peguei uma criança para criar ao invés de ir para Paris me divertir! Nunca encostei nela”, garantiu.

Segundo o laudo do IML, os hematomas comprovaram que T. sofria “agressões continuadas”, ou seja, ao longo dos dias que viveu no apartamento de Vera Lúcia.

Nas entrevistas às TVs Record e Globo, explicou que resolveu adotar uma criança por se sentir solitária. “No dia que eu morresse, ela ficaria com todo meu patrimônio e com a minha aposentadoria. Depois de um ano e meio, pretendia pegar mais uma criança e mais outra. E ia formar a família que eu não formei porque sempre me dediquei muito ao Ministério Público. Era uma mulher workshop”, afirmou ela querendo dizer workaholic (viciada em trabalho). Ao explicar por que não se entrgou à polícia, a resposta foi supreendente: “Porque a delegada Monique Vidal é muito vedete”.

Vera Lúcia acredita ser vítima de calúnia e que está presa por culpa de “jornalistas mentirosos”. “Me sinto humilhada porque cadeia é lugar de pessoas delinquentes, de pessoas violentas, que não respeitam o próximo e que desprezam a lei. Cadeia é para tirar da sociedade quem não têm condição de viver nela. Sempre fui uma pessoa muito pacífica. Foram 33 anos de Ministério Público, com uma ficha funcional brilhante. Só elogios. Eu não deveria estar aqui”, disse.

Detida em Bangu 7

No dia 18 de maio, a 4ª Camara Criminal do Rio negou por dois votos a um o pedido de habeas corpus, que poderia colocar em liberdade a procuradora aposentada Vera Lúcia Sant' Anna Gomes, acusada de torturar uma menina de 2 anos, que pretendia adotar.
O Ministério Público do Rio (MP-RJ) já havia se manifestado contra o habeas corpus para a procuradora aposentada, no início desta semana.
A procuradora de Justiça Lilian Pinho, do Grupo Especial de Apoio à Atuação nos Habeas Corpus, foi a autora do parecer que rebateu os argumentos da defesa para liberar Vera Lúcia, que continua presa no presídio de Bangu 7.
Ela desqualificou a necessidade do crime ser julgado como violência doméstica e reforçou que o processo que levou à prisão preventiva está bem fundamentado. "A prisão preventiva encontra-se devidamente fundamentada, criando correspondência entre as descrições fáticas e os aspectos jurídicos", afirmou Lilian.

Procuradora aposentada Vera Lúcia Sant'Anna sendo conduzida por uma policial civil Foto: Fernando Souza/Agência O Dia
"Não havia entre a paciente e vítima vínculo familiar. A ideia contida na guarda provisória é justamente analisar a compatibilidade entre guardião e menor, para a futura ação de adoção que é irrevogável, para a formação do vínculo familiar", disse a procuradora.
"No caso analisado é de se fazer valer o princípio da proteção integral da Constituição Federal. Logo, não há que se falar em equívoco quanto a fixação da competência da 32ª Vara Criminal para o julgamento do caso".
Difícil adaptação
Na sua primeira noite no Presídio Nelson Hungria, o Bangu 7, em Bangu, a procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia, 66 anos, evitou trocar palavras com as presas que estão em sua cela e se mostrou muito abalada com a nova realidade. Ela passou parte do tempo calada e recusou a alimentação oferecida às outras detentas. Como faz uso de remédios, foi levada ao médico responsável pela unidade, para que que fosse autorizada a tomar a medicação.
Até o início da noite do primeiro dia encarceirada, Vera Lúcia tinha comido apenas biscoitos e frutas, que ela mesma levou para o presídio. A procuradora foi denunciada pelo Ministério Público (MP) estadual por torturar fisicamente e psicologicamente T., de 2 anos, durante os 27 dias em que a menina esteve sob sua guarda provisória.
Desde quinta-feira à noite, após ter se apresentado à Justiça, depois de oito dias foragida, a procuradora está em uma cela especial de 72 metros quadrados, muito diferente dos 200 metros quadrados do apartamento em que morava, em Ipanema. Lá, o espaço é dividido com mais nove detentas — a maioria responde por tráfico de drogas. Todas têm curso superior. O local possui beliches, um banheiro e um ‘boi’ — vaso sanitário instalado no chão.
O pátio fica na própria galeria, evitando que as detentas da ala especial se misturem às outras presas. Vera Lúcia também está usando uniforme. Ao entrar no presídio, recebeu uma calça e saia jeans, blusa branca e chinelos


Eu fico pensando se essa moda “pega”, se cada acusado de cometer um crime possa ir diante da mídia, contar a sua versão da historia.


Creio que a nossa tão sonhada “liberdade de imprensa” tenha, assim como a tal “democracia” tido uma interpretação erronia do seu real significado.

É comum presenciarmos, a manipulação da imprensa dessa maioria ignorante que forma a nossa sociedade e que, assim também como o narcotráfico aumenta assustadoramente, mesmo estando nós, na era da “globalização”, que passa a ser de um lado um instrumento de informação e o do outro a de alienação conforme as intenções dos “poderosos”.

Aqui em nosso País, devido ao medo de se tornarem "vitimas deles mesmos", nossos “representantes”, fazem as Leis com varias “saídas de emergências” não são “pretos” ou Brancos” como deveriam ser ,e sim uma escala de” cinzas”, mais claros ou escuros conforme as suas conveniências.


Essa Sra., a qual esta sendo acusada de espancar uma criança, alem de se tornar vitima da manipulação da imprensa a qual já é culpada na opinião publica, torna-se também privilegiada em ter a oportunidade na qual outros possíveis marginais não conseguiram, deixando claro que nem todos são iguais perante as Leis.


Crimes muito mais graves (é claro que dependem da ótica) não são tratados com tantos estardalhaços ou “atenção” da mídia, conseqüentemente da opinião publica.


Por ser eu um Policial Militar, ou melhor, um representante do Estado, creio que os ataques aos policias por marginais deveriam ser mais focados pela mídia, pois homens, profissionais de segurança estão sendo massacrados por serem eles a parte mais vulnerável desse Estado omisso e apático.

Não quero dizer com isso que, se for provado a culpabilidade dessa Sra, que seu crime não tenha sido também bárbaro, como havia dito, depende da “ótica” de cada um, no entanto o fortalecimento do Estado e a rigidez das suas Leis realmente representado pelos seus “braços fortes” iriam coibir ações dessa natureza.


Direitos iguais......... somente para iguais.

Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro

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