O SOL E A PENEIRA

JORNAL O DIA (online)

07.10.10 às 12h33 > Atualizado em 07.10.10 às 13h09
PM nega que faltem policiais nas ruas em decorrência das UPPs
Corporação promete mais 6 mil homens em 2011
Rio - A Polícia Militar negou, nesta quinta-feira, que estejam faltando policiais nas ruas para combater os arrastões em decorrência da ocupação das comunidades pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPPs). As informações foram divulgadas pelo tenente-coronel Lima Castro, porta-voz da corporação.
Polícia Militar oficializa troca no comando dos batalhões
"Estamos fazendo tudo dentro do que foi planejado e esta informação de que faltam policiais nas ruas em decorrência das UPPs não procede", afirmou Lima Castro.
O porta-voz afirmou também que a mudança de comando nos batalhões, 19 no total, já havia sido planejada pelo comandante-geral Mário Sérgio Duarte. "O comandante já havia planejado a troca de comando. Ele só estava aguradando o término do período eleitoral para colocar as medidas em prática", afirmou.
Lima Castro informou também que a PM agurada o término do curso de formação de soldados para que mais 6 mil homens sejam colocados nas ruas em 2011. "Temos mais 6 mil homens para serem formados e colocados nas ruas em 2011".
A mudança de comando em batalhões da PM ocorreu um dia depois de mais três arrastões na cidade. No mais recente, realizado em Laranjeiras, na Zona Sul, quatro bandidos armados roubaram cinco motoristas de carros e um motociclista, mas fugiram com dois dos automóveis parados no arrastão, uma picape Montana, um Meriva e o Honda Fit, que usaram para executar a ação criminosa.
Dois arrastões em 12 horas no Elevado Paulo de Frontin
O ataque aconteceu na Rua Mundo Novo, próximo ao Morro Dona Marta, o primeiro a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio. Os ladrões levaram chaves e pertences das vítimas do Fiat Stilo e do Palio Wekend. Já dos donos de uma motocicleta e de uma picape Tuareg, os bandidos levaram apenas os objetos pessoais. Somente em um dos veículos abordados, o motorista estava acompanhado da mulher no banco do carona.
Pela manhã, bandidos fizeram um arrastão no Elevado Paulo de Frontin, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio. Sete pessoas foram roubadas na pista sentido Centro. Segundo informações divulgadas, quatro homens roubaram pelo menos dois carros e pertences de motoristas em uma ação desencadeada por volta de 7h30.
Outros dois veículos, que a Polícia Militar acredita terem sido usados pelos bandidos, foram abandonados na via - um ainda no Elevado e outro no início da Avenida Francisco Bilcalho, altura do bairro de Santo Cristo. A ocorrência foi registrada na 6ª DP (Cidade Nova).
Através do sistema de GPS, a polícia descobriu que os carros roubados pela manhã estavam no Morro da Mangueira. Em operação na comunidade, um menino de 12 anos foi morto em decorrência do confronto contra traficantes. Na noite de terça-feira, outro arrastão levou pânico a motoristas também no Elevado Paulo de Frontin

Essa postagem é um “paralelo” de idéias, eu sempre primei pela “cumplicidade” da sociedade para a execução do nosso objetivo, a confiança, a credibilidade é o fator principal para tal.

No entanto não agimos dessa maneira, talvez por questões políticas, onde a vaidade e a ganância sobrepõem a verdade, que é facilmente identificada diante de tantas mentiras.

Quando dizem que tudo esta sob controle e presenciamos que não é verdade, deixamos de ter credibilidade, pois não há como esconder.

Em qualquer regime que conduza um País, nunca iremos agradar a todos, porem devemos ser justos em nossos decisões e principalmente transparente para que possamos, no regime democrático ouvir sugestões e solucionamos nossos problemas de forma que convenha a maioria.

Sempre rebati as idéias que achava de errado de qualquer Governo, afianl é um Direito Constitucional, porem, tenho certeza que não é o único culpado da situação caótica em que nos encontramos, afinal foram anos e anos de descaso e omissão.

Mas continuamos a errar, fazendo as mesmas coisas que sempre fizeram, continuamos a nos preocupar com o “combate” com a coibição do crime e não com a sua origem e muito menos com as suas conseqüências.

Alguns dos Srs ficaram perplexos quando disse que não há preocupação com a “origem” da criminalidade diante de tantas “ações” comunitárias a qual os Governos estão atuando, no entanto, para mim não passa de ações politiqueiras onde “damos o peixe e não ensinamos a pescar” e o pior, com o suor daqueles que realmente fazem.

Reparem os Srs quando prendemos alguém cometendo um roubo (exemplo) é comum ouvirmos que ele já tinha diversas passagens pela policia, é um reincidente.

A “oportunidade” que ele teve não foi a de se redimir e sim a de não ser preso da próxima vez que fizesse.

O que também esta se tornando comum é a pergunta; “quantas vezes você foi assaltado?” e o pior... pelo mesmo assaltante.

O Governo deveria se preocupar com a “Leis” que beneficiam os infratores, deveria se preocupar com a recuperação das “vitimas” das drogas, e não somente enxugar gelo para manter sua aparência.

As UPPs são políticas de Governo e não de Estado, dentro de 4 anos vem outro e muda tudo, assim como foi os “brizolões” ou ate mesmo, para não sairmos do raciocínio, os “comunitários” e “GEPAIs” nos governos passados.

É muito fácil dizermos que há efetivo e colocá-los feito outdoors nas ruas para passarem uma falsa sensação de segurança do que reconhecermos que ainda não somos capazes mas com a colaboração de todos conseguiremos.

Atrevo-me a dizer que é uma “covardia” com o ser humano ao jogarmos nas ruas a sua própria sorte não nos importamos com suas vidas e depois, lavarmos nossas mãos sujas de sangue e deitarmos em nossos travesseiros e dormimos tranquilamente.

Não há seriedade e muito menos inteligência nas ações que presenciamos, a não ser por termos sempre a quem culpar caso de errado.

Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro.