terça-feira, 16 de novembro de 2010

seria uma montagem ?


JORNAL O GLOBO (online)


CRISE NA SAÚDE

Média de óbitos do último trimestre chega a 8,6 por dia nos CTIs públicos e é 32,3% maior que a dos últimos dois anos
Publicada em 15/11/2010 às 23h18m
Daniel Brunet

Quando a costureira Naíde Souza de Farias, de 76 anos, voltou a passar mal, no dia 7 de junho, ela procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho Novo, onde tinha sido liberada após receber atendimento dias antes. Diagnosticado um infarto, ela foi internada e, no dia seguinte, sofreu uma parada cardíaca, entrando na fila de espera por vaga no CTI . Foi o início de uma via-crúcis, que terminou com a morte da costureira. Dramas parecidos têm sido cada vez mais comuns: nos últimos três meses, 776 pessoas perderam a vida na fila de espera dos Centros de Tratamento Intensivo (CTIs) no estado.
A média de óbitos do último trimestre - 258 por mês ou 8,6 por dia - é 32,3% maior que a dos últimos dois anos e mostra o aumento da crise na rede pública de saúde no Rio, que será mostrada por um série de reportagens do GLOBO a partir de hoje.
Os dados são parte de um levantamento inédito da Central de Regulação de Leitos do Estado, que foi enviado aos ministérios públicos federal e estadual e ao qual O GLOBO teve acesso. Para dar fim à fila, é preciso acabar com o déficit de vagas, estimado em 510 leitos por médicos, especialistas e representantes do governo ouvidos pelo GLOBO. A maior necessidade é de vagas para adultos.
Reportagem de Daniel Brunet na edição desta terça-feira mostra que por causa dessa carência, a cada dez pacientes que precisam de tratamento intensivo, seis vão imediatamente para a fila de espera, segundo o estudo da Central de Regulação do Estado. Dos 26.980 pedidos de internação em CTI feitos ao órgão entre 4 de novembro de 2008 e 15 de outubro de 2010, apenas 9.603 - ou 36% - foram atendidos. Nesse aspecto, todos os dias, as três esferas do poder público no Rio infringem o artigo 196 da Constituição federal, que define o acesso à saúde como direito de todos e dever do Estado.
A portaria 1.559/08 do Ministério da Saúde define que a Central de Regulação de Leitos, sob a gerência da Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil (Sesdec), deve intermediar as internações nos hospitais estaduais e municipais. Por entender que uma central única de regulação é a forma mais eficiente para gerir os pedidos de internação, o Ministério da Saúde já deu ao estado o controle de 64 dos 164 leitos da rede federal. O restante e as 699 vagas em hospitais municipais no estado - informadas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) - continuam geridas pelos respectivos gestores.
Sem ter o controle sobre todas as vagas do sistema público no Rio, o governo do estado alega ter dificuldades para administrar os cerca de 38 pedidos de internação por dia.
- Bom seria se todas as vagas estivessem sob a nossa gerência. Estamos conversando, mas temos que respeitar a autonomia do municípios. Eles não cedem vaga para a regulação, mas pedem os leitos do Estado. E isso sobrecarrega a nossa rede - comenta a chefe de assessoria parlamentar da secretaria, Fabiane Gil

Eu não acredito nessa reportagem !

Deve ser alguma “intriga” da oposição, afinal o nosso Governo foi reeleito e ele fazia uma propaganda danada sobre as suas “UPAs” será que era uma propaganda enganosa ?


Srs


É difícil de entendermos o motivo que tudo aparece depois das malditas eleições, ate mesmo a vida da nossa “Presidenta” eleita só foi a publico depois, sem falarmos na exibição do filme ‘Tropa de elite II”, bom... esse a gente não pode afirmar, afinal é pura “ficção”, rs

Eu sinceramente não dou a mínima para reportagens dessa natureza, pois para a maioria dessa nossa sociedade, a saúde, a educação e principalmente a segurança estão como a gente quer, então porque reclamar ?


“Lavo as minhas mãos”


Quem sabe daqui a quatro anos 12416 pessoas não terão mais a chance de elegerem políticos que só prometem e iludem a boa fé do povo.

Reparem que eu ainda acredito na boa fé, mas a vontade é de dizer que são coniventes, ou pior, corruptos pois em troca dos seus votos receberam, bolsas, casas e outros "maleficios"


É uma pena que podem não sobreviver para desfrutar dos seus benefícios, com a ignorância da educação, a violência da segurança e a falta da saúde... só mesmo acreditando no Papai Noel.

JA OUVIRAM UMA FRASE QUE DIZ:


CADA POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE ?


Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro

Um comentário:

  1. Ricardo, o problema das upas, para quem está de fora, é o seguinte: falta material, médicos e outros profissionais da saúde, o governo fez a pouco tempo atrás um concurso pela fesp, aqueles que passaram quando são colocados nos plantões que são pra lá de pesados e veêm quanto irão ganhar ou desistem ou caem fora na primeira oportunidade, portanto se fosse mudado a carga horária e o salário um pouco melhor, acredito que muitos ficariam.......O problema do governo então é a maldita fachada, pois o profissional existe e em grande número, só que ele quer ser reconhecido e ter um salário justo, o que fazem conosco, é o mesmo que se faz na polícia, nos escravizam e nos pagam pouco, e aí meu amigo , o bico que fazemos é trabalhar em diferentes hospitais, fazendo vários plantões, inclusive de colegas para sobrevivermos, enfim estamos no mesmo barco......e o povo ainda é contra nós nos chamando de vagabundos, inclusive pelo próprio governador, isso me deprime muito, infelizmente essas notícias aparecem, mas creio sim no total descaso deste governo, que trata a saúde com desdem, fechando algumas unidades, superlotando outras, e sobrecarregando profissionais, que fazem das tripas coração, para dar um bom atendimento a população, que muitas das vezes fica a desejar, se o povo não sabe votar, isso nós sabemos, mas será que merecem passar por tanto sofrimento.......esse tipo de reportagem serve mesmo para nos mostrar, que quem depende da saúde pública deste país, tem de estar preparado para essa via crucis como vc disse, e quando não a morte, e que deus nos livre de um dia não precisarmos passar por isto, desculpe meu desabafo, mas tenho que estar ao lado de meus colegas, pois analiso os dois lados da questão. ENF.a DENIZE S BASTOS.

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