JORNAL O GLOBO (online)
Publicada em 04/12/2010 às 00h04m
Carla Rocha e Vera Araújo
RIO - Várias cartas supostamente do traficante Fernandinho Beira-Mar foram encontradas pelo comando das operações do Complexo do Alemão. Escritas à mão, as cartas estavam na casa de Marcelinho Niterói, braço direito de Beira-Mar e que está foragido. Nos textos, o chefe da principal facção criminosa do Rio sugere que seus comandados se aliem à milícia e organizem seqüestros de autoridades - inclusive religiosas - para trocá-las pela libertação de milicianos da Zona Oeste, como Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, um dos aliados do ex-deputado Natalino Guimarães e do irmão dele, o ex-vereador Jerominho. Todo o grupo - inclusive o filho de Jerominho, Luciano - está na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).
Como Beira-Mar está no mesmo presídio, a proximidade dele com os chefes da milícia poderia ter favorecido uma aliança entre traficantes e milicianos - o que, até agora, não foi comprovado. Com base na apreensão, espera-se conseguir a volta de Beira-Mar para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Agentes que investigam o caso observam que o traficante pode pretender usar a mesma estratégia das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), responsável por uma série de seqüestros no país, onde o bandido já esteve. Em 2001, Beira-Mar foi preso em Vichada, na Colômbia, onde contava com a proteção dos paramilitares.
Embora as cartas não tenham data nem assinatura, a polícia está convencida de que se trata de mensagens de Beira-Mar. Também acredita que os sequestros poderiam começar dez dias após os últimos ataques no Rio. O GLOBO comparou a caligrafia das cartas com a de outras de Beira-Mar que foram interceptadas. A escrita é muito semelhante à de uma carta para a mulher dele, Elizete da Silva Lira, presa em 2002. E também à de anotações em agendas do bandido, apreendidas na Colômbia em 2001.
O juiz Odilon Oliveira, titular da Vara Federal de Crimes Financeiros e de Lavagem de Dinheiro do Rio, acredita numa possível ligação de Beira-Mar com as milícias. Segundo ele, os paramilitares têm o mesmo perfil de milicianos da Colômbia, que se uniram às Farc. A milícia colombiana foi criada para dar proteção aos fazendeiros do país.
- Quando o estado bate no morro, contraria interesses. Os grupos criminosos precisam de dinheiro e têm que combater um inimigo comum: o estado. As Autodefesas Unidas da Colômbia (a milícia) se associaram ao tráfico e partiram para a onda de terror, sequestros - disse o juiz.
Odilon lembrou que, em conversas gravadas, as advogadas dos traficantes Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, diziam, quando estavam acontecendo os ataques no Rio, que havia algo ainda pior em andamento.
O chefe de gabinete do Ministério Público do Rio, o procurador Astério Pereira dos Santos - que já foi secretário de Administração Penitenciária do estado -, descartou a hipótese de união entre tráfico e milícia. Mas foi categórico quanto à necessidade de isolamento de Beira-Mar:
- As informações são graves o bastante para ele voltar para o RDD. Medidas de segurança também devem ser tomadas. As visitas têm que ser mais esparsas e curtas. Também se deve restringir a quantidade de advogados que um preso pode ter - afirmou o procurador.
Isso já era de se esperar caso seja comprovado, eu já havia postado algo parecido, onde havia chamado de FARB (Força Revolucionária Brasileira) o que possivelmente já exista devido as ramificações e a proximidade dos maiores Países produtores de cocaína no Mundo com o nosso País.
Publicada em 04/12/2010 às 00h04m
Carla Rocha e Vera Araújo
RIO - Várias cartas supostamente do traficante Fernandinho Beira-Mar foram encontradas pelo comando das operações do Complexo do Alemão. Escritas à mão, as cartas estavam na casa de Marcelinho Niterói, braço direito de Beira-Mar e que está foragido. Nos textos, o chefe da principal facção criminosa do Rio sugere que seus comandados se aliem à milícia e organizem seqüestros de autoridades - inclusive religiosas - para trocá-las pela libertação de milicianos da Zona Oeste, como Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, um dos aliados do ex-deputado Natalino Guimarães e do irmão dele, o ex-vereador Jerominho. Todo o grupo - inclusive o filho de Jerominho, Luciano - está na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).
Como Beira-Mar está no mesmo presídio, a proximidade dele com os chefes da milícia poderia ter favorecido uma aliança entre traficantes e milicianos - o que, até agora, não foi comprovado. Com base na apreensão, espera-se conseguir a volta de Beira-Mar para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Agentes que investigam o caso observam que o traficante pode pretender usar a mesma estratégia das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), responsável por uma série de seqüestros no país, onde o bandido já esteve. Em 2001, Beira-Mar foi preso em Vichada, na Colômbia, onde contava com a proteção dos paramilitares.
Embora as cartas não tenham data nem assinatura, a polícia está convencida de que se trata de mensagens de Beira-Mar. Também acredita que os sequestros poderiam começar dez dias após os últimos ataques no Rio. O GLOBO comparou a caligrafia das cartas com a de outras de Beira-Mar que foram interceptadas. A escrita é muito semelhante à de uma carta para a mulher dele, Elizete da Silva Lira, presa em 2002. E também à de anotações em agendas do bandido, apreendidas na Colômbia em 2001.
O juiz Odilon Oliveira, titular da Vara Federal de Crimes Financeiros e de Lavagem de Dinheiro do Rio, acredita numa possível ligação de Beira-Mar com as milícias. Segundo ele, os paramilitares têm o mesmo perfil de milicianos da Colômbia, que se uniram às Farc. A milícia colombiana foi criada para dar proteção aos fazendeiros do país.
- Quando o estado bate no morro, contraria interesses. Os grupos criminosos precisam de dinheiro e têm que combater um inimigo comum: o estado. As Autodefesas Unidas da Colômbia (a milícia) se associaram ao tráfico e partiram para a onda de terror, sequestros - disse o juiz.
Odilon lembrou que, em conversas gravadas, as advogadas dos traficantes Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, diziam, quando estavam acontecendo os ataques no Rio, que havia algo ainda pior em andamento.
O chefe de gabinete do Ministério Público do Rio, o procurador Astério Pereira dos Santos - que já foi secretário de Administração Penitenciária do estado -, descartou a hipótese de união entre tráfico e milícia. Mas foi categórico quanto à necessidade de isolamento de Beira-Mar:
- As informações são graves o bastante para ele voltar para o RDD. Medidas de segurança também devem ser tomadas. As visitas têm que ser mais esparsas e curtas. Também se deve restringir a quantidade de advogados que um preso pode ter - afirmou o procurador.
Isso já era de se esperar caso seja comprovado, eu já havia postado algo parecido, onde havia chamado de FARB (Força Revolucionária Brasileira) o que possivelmente já exista devido as ramificações e a proximidade dos maiores Países produtores de cocaína no Mundo com o nosso País.
O grande problema que enfrentamos não é o combate as drogas e sim a hipocrisia que impera no Brasil, infelizmente podemos contar nos dedos qual são os nossos “Políticos” que levam a sério a responsabilidade que assumiram.
A taxa tributaria em que cada um de nos somos obrigados a pagar sem termos como recorrer, também nos torna refém e incapazes assim como somos da segurança.
Sob o protesto de ajudar as classes menos favorecidas, o nosso Governo “suga” cada gotinha de suor daqueles que realmente trabalham para sustentar vagabundos.
Não me refiro somente a maioria dos que são privilegiados com “bolsas” as quais não acham motivos para fazerem algo, já que recebem sem nada fazer, mas também aqueles que são indicados para exercerem cargos os quais não possuam qualquer experiência ou aptidão, mas devido a cumplicidade Política que existe entre eles.
Todos querem um “pedaço maior do bolo” onde os ingredientes são a ignorância, a vaidade e principalmente o egoísmo de cada brasileiro, que acabam se tornam vitimas da suas próprias ganâncias.
Não pensem os Sr. que o episódio do complexo do alemão tenha sido o fim de uma era, pois na verdade é só o começo.
O que foi provado na ação é que a Policia faz quando lhe dão a permissão de fazer, e que são capazes, embora através da mídia coloque em dúvida essa aptidão para tentar enfraquecer a sua imagem, e não que o Poder Publica é capaz de fazer
Chega a ser “trágico cômico”, termos no Poder pessoas as quais foram guerrilheiros e que irão combater guerrilheiros, havendo apenas a diferença em seus objetivos.
Pobre de nós.
Quem sabe se ainda tivermos alguma “vaguinha” para eles em algum “Mistério” desse da vida, consigamos viver em Paz.
Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro
Também acredito que o que aconteceu no complexo do alemão, não tenha tido fim, está tudo muito parado.......Numa possível reviravolta, a coisa pode vir muito pior, do que já estava, e aí com quem se pode contar para bater de frente, os policiais correndo todo tipo de riscos bjs
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