domingo, 3 de julho de 2011

É assim...a verdade


JORNAL O DIA (online)
02.07.11 às 23h08 > Atualizado em 03.07.11 às 00h27
Concessionárias vão contratar PMs durante as folgas
POR VANIA CUNHA
Rio - A expansão do programa estadual de Integração da Segurança (Proeis), pelo qual o policial militar pode aumentar sua renda trabalhando durante a folga, virou a menina dos olhos do comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte. Já fechado com a Prefeitura do Rio, o projeto também chegará a outros municípios e há estudos para estendê-lo às concessionárias de serviços públicos.

Na entrevista a O DIA, o comandante fala ainda que o Bope voltará ao Complexo do Alemão antes que a UPP seja instalada lá e de projetos ousados, como a mudança de batalhões para prédios verticais. Faz análise de momentos difíceis para a corporação e de seus dois anos à frente da tropa, que completará na quinta-feira: “Boa parte do meu tempo é aqui. Esses ‘filhos’ (PMs) são os que me exigem mais, mas também me dão muitas alegrias”.

O DIA: Sua gestão completará dois anos esta semana. O que se pode esperar desta nova fase?

MÁRIO SÉRGIO: A maior novidade é a expansão do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), que é um dos grandes avanços nesses dois anos. Fizemos uma adaptação do modelo de São Paulo, onde o policial recebe para trabalhar na folga. Num primeiro momento, a Prefeitura do Rio embarca no projeto. Só lá serão mil homens. Estudamos outras, como a de Queimados, que deve enviar ofício nos próximos dias. Macaé já enviou e há outras que já sinalizaram.

Mas qual é a maior novidade do projeto?

Vislumbramos a possibilidade de concessionárias de serviços públicos também receberem o Proeis. Está sendo construído, mas é quase certo que, em breve, tenhamos o Proeis para o Metrô, para a SuperVia, as Barcas e para universidades públicas que têm problemas nos seus campi.

O valor do auxílio será o mesmo?

O mesmo valor de R$ 150 por turno de oito horas, com um limite máximo de R$ 1.500. O policial venderia sua força de trabalho na folga, da forma mais legítima, com equipamentos cedidos pelo estado, para que ele tenha uma remuneração melhor. Pensamos no homem que vai para o ‘bico’ como virtuoso, alguém que quer melhorar a sua qualidade de vida, dar o melhor para seus filhos. Essa é uma forma de fazer um trabalho legal e protegido.

Existe outra possibilidade de aumentar o salário?

Algo que foi encomendado pelo estado há pouco mais de um ano, é a venda de parte das licenças especiais e das férias. Muitos policiais já sinalizaram que gostariam de vender parte das férias. É óbvio que precisa ter um período para descansar. Estamos decidindo, mas é um dinheiro a mais para o policial.

O combate à corrupção ainda é o grande desafio?

Por mais que aperfeiçoemos o sistema, acho que vamos esbarrar sempre nisso porque é o ser humano. A gente não tem um terreno onde lança sementinha e nascem PMs. Recrutamos homens com experiências pessoais. Muitas vezes, no início, a gente vê más intenções, porque as pessoas trazem personalidades e experiências.

O que a PM tem feito para evitar desvios de conduta?

Primeiro, a melhor seleção possível, com boa investigação social do candidato. Vamos ter condições de dizer pelo menos: “Tentamos trazer o que há de melhor no mercado de trabalho”. Criamos o programa de prevenção ao desvio de conduta, com uma peça que roda o estado. Depois, é vigilância e correição. Por isso, aperfeiçoamos a Corregedoria.

O que passa a ser atribuição da nova Corregedoria?

Em breve, mudaremos o esquema de supervisão de patrulhamento, que deixa de ser feito pelos batalhões de áreas e passa para a Corregedoria. Vamos selecionar pessoas com o perfil, levar grupo de oficiais para lá para esse serviço. Manteremos o apoio para o policial no acerto, mas o olhar sobre o erro vai ser diferenciado.

É uma supervisão mais isenta?

Sim. Teremos grupos de batalhões recebendo a mesma supervisão. Queremos a supervisão feita cada vez mais de dentro do batalhão, já que temos GPS nas viaturas, telas que nos permitem visualizar o homem em campo e dar apoio se necessário. Não precisa alguém do batalhão ir para a rua checar papeleta, isso vai ser feito pela Corregedoria, porque aí ele vai ver outras coisas que o olhar do batalhão não tem.

Isso significa que há erros na supervisão do batalhão?

Há problemas, mas imagina o meu exemplo: fiquei sete anos no 12º BPM (Niterói). Quando era aspirante, meu olhar para o erro era um. Após alguns anos não era mais o mesmo. Mais aguçado para algumas coisas e menos para outras. De vez em quando tem que sacudir mesmo.

Sacudir para não fazer vista grossa?

A palavra não é vista grossa. O trabalho de policial exige que a gente olhe além das nossas deficiências. E, para isso, tem que ter sistemas e é o que estamos criando. A Corregedoria tem um olhar mais atento aos desvios, quando o batalhão tem um olhar mais operacional.

Há envolvimento de policiais no desaparecimento do menino Juan?

Desaparecimento é um crime bárbaro. Se por acaso ficar constatada a participação de PMs, além do jugo da lei, nem se cogita outra punição que não seja a expulsão. Estamos com investigação, mas não temos comprovação disso. Também ajudamos na elucidação do sumiço, determinei que não se encerrem até sabermos o que aconteceu.

O ataque aos PMs da UPP Coroa é um sinal de que a região ainda não está totalmente pacificada?

Se você entender que pacificado é o fim do domínio do território e da submissão da população, digo que está. Não houve ataque, a ação foi da polícia, que recebeu denúncia e foi lá atuar. Havia antes uma guerra. Entrávamos na favela, combatíamos, morríamos, matávamos criminosos, inocentes. Um dia esse troço ia acabar. Está acabando. As áreas estão pacificadas, mas não isentas de crime. Isso tem que ficar claro.

O senhor disse que pretende retirar os fuzis das favelas ocupadas. Não é necessário primeiro tirar o armamento pesado das mãos dos traficantes?

Não é o fuzil que reprime, é um conceito errado. No futuro, não vamos precisar do fuzil nem como arma de emprego coletivo. Houve um tempo no Rio em que, numa patrulha de trânsito no Centro, os dois policiais usavam fuzil. Ainda há criminalidade. E vamos ter problemas por muito tempo. Mas a expectativa é que esse tempo diminua e que a gente ainda faça muitas UPPs.

Mas esse episódio mostrou que ainda há armas nas áreas pacificadas. No Complexo doAlemão, por exemplo, será preciso uma nova operação para implantar a UPP?

A Força de Pacificação do Exército fez um trabalho muito bom. O que não implica que não façamos uma adaptação com o Bope, mais por questões de orientação de tropas. Armas escondidas ninguém pode garantir que não tem. Tiramos muito, mas o Alemão era o grande castelo do narcotráfico no Rio.

E como reduzir os crimes em áreas sem UPP, como Zona Oeste e Baixada?

Temos feito prisões e mudado o patrulhamento. Fizemos descentralização em que tiramos as companhias e colocamos em locais para irradiar o policiamemento. Inauguramos no Morro Azul e, nas próximas semanas, no Camarista Méier. Onde há criminalidade, mas não necessita de UPP, colocaremos uma companhia.

Era necessária a intervenção da PM no quartel dos bombeiros? Ficou saia justa entre as corporações?

É necessário esclarecer que não foi um pedido do governador. É um protocolo, toda vez que tem massa, usamos o Batalhão de Choque. Era necessário dar segurança ao quartel, trabalhar com precaução. Continuamos vendo os bombeiros como heróis, tanto que meu filho está lá. Quando saí de casa aquele dia, ele me disse: ‘Pai, não esquece que sou bombeiro’. Mas o fato está superado e o momento é de conciliação.

E qual o balanço desses dois anos?

Só tenho a agradecer à minha tropa, ao secretário e ao governador. Atribuo o meu trabalho ao de cada um dos meus homens. Temos planos e, enquanto estiver aqui, vou lutar por eles. Os uniformes serão padronizados e na cor azul marinho. Queremos novos quaréis em prédios verticais e modernos. Não é preciso ter campo de futebol. Podemos compartilhar com prédios privados, desde que seja independente, com cuidado para armamento e estacionamento. O governo cede terreno para empresas, que constroem os prédios e cedem espaço para a PM.


Em vários trechos dessa reportagens podemos reparar um verdadeiro escudo para defender o Governo, se podemos ser “cínicos”, ate mesmo com a própria vida, nada mais justo já que o cargo em questão fora indicado por eles.

No entanto, um verdadeiro Líder não irá se alimentar se os seus seguidores irão passar fome, um verdadeiro Líder, não irá se beneficiar com nada que lhe é oferecido se todos os que lhe seguem também não forem beneficiados, um verdadeiro Líder se preocupará e cuidará pessoalmente de cada um dos que lhe seguem, para ter o DIREITO de chamá-los de “Filhos”.

Se formos pesquisar a realidade de cada um dos nossos reformados, de cada um daqueles que hoje são especiais por terem sido vitimas do seu serviço ou cada um daqueles que se julgam injustiçados pelas acusações que lhe são impostas pela hipocrisia de darem uma resposta a sociedade, veremos que as coisas não são bem assim como querem passar.

Não entramos para a Policia para sermos Policias e mais outras coisas, essa historia de termos que trabalhar nas horas de folga “oficializando bicos” para mim é o retrato de uma incompetência administrativa, pois antes de assumirem o Governo prometeram “mundos e fundos” porem, após conseguirem seus objetivos os abandonam e os humilham como se não fossem nada.

Não sou hipócrita e muito menos demagogo, para os que me conhecem pessoalmente sabem que sempre fiz o maximo por “minha Policia”, não em ficar aqui escrevendo ou falando o que penso, afinal nunca deixei de assumir tudo que fiz e faço assinando em baixo, pois a verdade não pode ser escondida para sempre, com empenho dobrado nas funções as quais me foram atribuídas, ate mesmo com o sacrifício da ausência de minha família, o que muitos de nos, sabem o sofrimento e a tristeza que é por também terem que fazê-lo, ser julgado por alguns que acham que estou errado nessa dedicação pelo meu serviço, o que hoje em dia, me questiono se realmente ele estão certos.

“Não devemos dar prioridade a quem nos trata como opção.”

Eu gosto do que faço, faço com prazer e caso não gostasse faria por ser um profissional que sou.

Porem não há um reconhecimento, nem pelo seu comando, nem pelo seu governo e muito menos pela sociedade, é como se fossemos apenas um instrumento que usam e jogam fora e ainda reclamam caso exerçam uma força maior e o instrumento quebra, não aquentando aquela força.

No entanto, esse mesmo Governo, esse mesmo Comando, e essa mesma Sociedade não existiria se nós não estivéssemos aqui, trabalhando como sempre fizemos e nunca deixaremos de fazer.

A consciência não pode ser fiscalizada por ninguém a não ser por nos mesmos.

O investimento no Ser Humano é a única solução ao meu ver, não com demagogia e hipocrisia como sempre fizeram, melhorar nossos Hospitais e criar outros, afinal o numero de Policias e dependentes aumentou e no entanto ainda só temos dois hospitais, criar mais escolas ao invés de fechá-las, são nossos filhos que estão lá, estudando aprendendo e se orgulhando da profissão que escolhemos, e comprovadamente é um ensino de alta qualidade, e um salário digno para ele e sua familia comerem, se vestirem e terem o seu lazer, já que seu serviço é desgastante em presenciar tantas desgraças no dia a dia.

Não há ninguém que possa trabalhar tranqüilo, se empenhar naquilo que esta fazendo se sua atenção não estiver focado no serviço, pois ele esta preocupado com suas dividas, com a saúde de sua família ou dominado com a fadiga de seu bico.

“Pai nosso que estás nos céu, olhai por nós”

“Somos sua Imagem e Semelhança”

Ricardo Garcia...só isso basta.

3 comentários:

  1. N0 dia 05 e 06 de julho faça um esforço e vá à Brasília ajudar na luta e pela votação
    da nossa PEC 300, antes que a Câmara Federal entre em recesso parlamentar.
    Compre a sua passagem de avião que está custando em média r$ 170,00,Rio Brasília/Brasília Rio, e pague em 10 vezes vale o esforço,vamos aproveitar o momento da onda vermelha que nós BOMBEIROS do Rio de Janeiro fizemos em Brasília em busca da nossa anistia, e conseguimos a nossa vitória com luta e muita Fé companheiros,vamos aproveitar o momento de apoio e esforços de muito Deputados que apoiam e querem aprovação da nossa PEC 300, w que contempla (ATIVOS,INATIVOS E PENSIONISTAS). A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do DF sempre nos hospedam em seus clubes,e o almoço no congresso é R$ 13,00, e existe hotel com quarto compartilhado que também não sai caro para quatro pessoas ou duas pessoas,em média r$ 30,00 pessoa, basta se hospedar de 20h as 08h nos dias de semana.Acredite na aprovação da PEC 300,faça se presente nessa vitória, vai buscar e exigir a sua DIGNIDADE.

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  2. Senhor, o BOPE vai voltar ao complexo do alemão. Nada contra esta "pacificação" toda, mas que seja selecionados bons profissionais. Que estória é essa de policiais do BOPE baterem em cidadãos de bens gratuitamente? Teve gente que apanhou só porque não chamaram eles de doutor! Não sabia que estes policiais também tinham doutorado. O povo quer respeito recíproco. Valeu.

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  3. Missão em Brasília + PEC 300


    Senhores Bombeiros Militares e Policiais Militares e Civis de todo o Brasil, vamos aprender com eles (BOMBEIROS DO RIO).

    Chega de gratificações, a hora é essa, se perdermos esta oportunidade dificilmente teremos outra. Vamos fazer manifestações em todo o País.

    Assistam aos vídeos que estão no link abaixo, que certamente servirão de incentivo.


    http://www.bombeirosdobrasil.com/2011/07/missao-em-brasilia-pec-300.html

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