sexta-feira, 23 de outubro de 2009

LEMBRANÇAS



JORNAL O DIA (online)

22.10.09 às 22h05 > Atualizado em 22.10.09 às 22h35

Imagens de vídeo comprovam que PM viu corpo de coordenador
Rio - As imagens do vídeo divulgado na noite desta quinta-feira pela Polícia Militar comprovam que um Policial Militar viu o corpo do coordenador do grupo AfroReggae, Evandro João da Silva, de 42 anos, caído no chão e não prestou socorro. As imagens filmadas cerca de cinco minutos após o coordenador levar o tiro não deixam claro se o PM era um dos dois que já estão presos.
O Instituto Médico Legal está analisando as imagens para identificar todos os envolvidos, incluindo os dois assaltantes. A Polícia Civil divulgou, nesta tarde, o retrato falado de um dos acusados do latrocínio (roubo seguido de morte) de Evandro, assassinado na madrugada do último domingo, dia 18, na esquina das ruas do Carmo e Ouvidor, no Centro do Rio. A imagem foi confeccionada com base em informações passadas pelos policiais militares.
O capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro e o cabo Marcos Oliveira Salles estão presos administrativamente no 13º BPM (Praça Tiradentes) por um prazo de 72 horas. Segundo o comandante Mário Sergio, após investigação interna, eles poderão levar desde uma punição leve até ser expulsos da corporação. Os PMs estão respondendo, ao mesmo tempo, ao Inquérito Policial Militar e ao inquérito civil. Se a prisão preventiva for pedida, os PMs serão transferidos para o Batalhão Especial Prisional, em Benfica, Zona Norte do Rio.
O capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro prestou depoimento ainda na noite de quarta-feira, na 1ª DP (Praça Mauá). Segundo o delegado José Luiz Duarte, o capitão negou ter omitido socorro ao coordenador. O cabo Marcos Oliveira Salles foi ouvido apenas na tarde desta quinta-feira pelo delegado. De acordo com o comandante geral da PM, os policiais estão na corporação há mais de oito anos. O capitão Denis Leonard era o responsável pela fiscalização do policiamento no Centro do Rio.

No início da tarde, o comandante-geral da Políca Militar, Mário Sérgio Duarte, deu uma entrevista coletiva e afirmou estar envergonhado e absolutamente indignado com o fato de os policiais militares do 13º BPM (Praça Tiradentes) não terem prestado socorro ao coordenador. Os PMs também são acusados de roubar os tênis e um casaco vermelho da vítima e liberar os bandidos.
"É sempre ruim para a corporação quando PMs erram em suas obrigações. Mas se a Polícia Militar errou, é importante que nós identifiquemos isso. Não podemos dar as costas para os nossos erros. Temos que ser responsáveis e apurar os fatos com profundidade", disse Mário Sérgio.
O comandante-geral afirmou ainda que é preciso esclarecer por que os PMs não pararam, por que não apresentaram o material apreendido, entre outros pontos. Ele disse ainda que a participação de um capitão no caso só complica a situação para o próprio. "Todos os PMs têm que dar exemplo, independente de ser praça ou oficial", afirmou Mário Sérgio.
"Esse é um fato que nos deixa triste, nos envergonha muito. A Polícia Militar está nas ruas para cometer acertos. Durante toda a semana estamos trabalhando com essas dificuldades, homens feridos, homens mortos e não deparamos com um caso como esse, que nos atinge profundamente porque queremos fazer o melhor", disse o comandante em entrevista à GloboNews.
"Nós temos que investigar o caso com celeridade possível porque a família espera respostas, a população espera respostas, o Afrorregae espera respostas. Então, temos que agir rápido", disse o comandante.
Investigação
O comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, vai receber nesta sexta-feira o coordenador-executivo do grupo Afroreggae, José Júnior. O encontro foi marcado para as 14h, no Quartel General da corporação. Eles vão tratar das investigações sobre a morte do coordenador .
De acordo com José Junior, o que mais o chocou foi ver seu amigo ser morto. "Ele era um cara calmo. Não sei por que reagiu ao assalto", disse Júnior.
Ele pediu que, independente da punição aos policiais, as autoridades não tirem o foco da prisão destes bandidos."Estamos dialogando mais com a Polícia Civil e o doutor Alan Turnowski. Ainda não fomos procurados pelo governador Sergio Cabral, mas se formos, vamos dialogar tranquilamente", afirmou o coordenador.


Em primeiro lugar eu não ia falar nada sobre o caso, queria usar a mesma “tática” que o nosso Governo usa em relação as facções criminosas que atuam em nosso Estado,não falam nada sobre o assunto para tentarem passar despercebidos.

Porem, como prova do que me refiro, é só repararem que nunca mais ouvimos os nomes nos jornais do “C.V. , ADA, Terceiro Comando e outros ” que viviam diariamente destacados em todas as manchetes, é como se não mais existissem, sumiram , evaporaram, porem, suas ações estão presentes a cada dia, e cada vez mais fortes, mais ousadas e o pior, sem controle algum.


Talvez a nossa “Poderosa imprensa” esteja se beneficiando de alguma forma, com essas omissões ou desvios de atenção , quem sabe uma futura concessão do Governo na cobertura desses grandes eventos que teremos, pois a cumplicidade é notória e nojenta.


Uma forma injusta e covarde de esconderem a triste realidade do nosso povo, tentando manipulá-los conforme o interesse dos poderosos com a desgraça de outros.

Não estou aqui, defendendo “esses elementos” que agiram de uma maneira não condizentes com suas fardas ou com a postura de um verdadeiro profissional, embora ainda não saibamos os motivos, temos a garantir de que não serão justificáveis.

acho muito estardalhaço para um fato que pode acontecer em qualquer profissão, com isso aqueles que realmente honram a sua farda, são generalizados e julgados culpados também, pela insistência desses sensacionalistas, manipulando essa nossa sociedade, que infelizmente é formada em sua maioria de medíocres e hipócritas.
Espero que esse fato lamentável não consiga encobrir as mortes daqueles verdadeiros profissionais, que foram assassinados pelo descaso e pela omissão..

Falo e torno a falar, não devemos nos orgulhar em termos excluídos os maus elementos, devemos é ter vergonha de termos deixando entrar.

Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro

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