sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DOIS PESOS E UMA MEDIDA



JORNAL O GLOBO (online)
CONDUTA INADEQUADA

PM expulsa policiais envolvidos no caso Rafael Mascarenhas
Publicada em 05/10/2010 às 19h22m
RIO - Os dois policiais militares envolvidos no atropelamento do músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães , foram expulsos da corporação. Lotados no 23º BPM (Leblon), o terceiro sargento Marcelo José Leal Martins e o cabo Marcelo Souza Bigon são acusados de cobrar propina de R$ 10 mil para liberar Rafael Bussamra, motorista que atropelou o jovem, no Túnel Acústico, na Gávea, em julho. O inquérito da PM concluiu que os policiais violaram a ética e o dever policial, além de não possuírem "os requisitos indispensáveis à condição de policial militar, pois divorciaram-se dos ensinamentos que lhe foram ministrados".
A decisão foi assinada nesta terça-feira pelo comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, e será publicada nesta quarta-feira no boletim da instituição. O documento, em três volumes e 632 páginas, aponta que não resta dúvida quanto às condutas inadequadas e ofensivas ao decoro militar por parte dos policiais. O inquérito apurou que os PMs, de fato, abordaram o veículo conduzido por Rafael Bussamra, minutos depois do atropelamento.
Os policiais são acusados de corrupção passiva, falsidade ideológica e de descumprimento de missão . No dia 26 de agosto, ao serem interrogados, os PMs n egaram os fatos narrados na denúncia . No dia 9 de setembro, Rafael e Roberto Bussamra, testemunhas de acusação no processo, confirmaram as negociações . A defesa dos PMS requereu a liberdade provisória de seus clientes. O pedido, no entanto, foi negado pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo

Concordo com a exclusão já que obtiveram provas do desvio de conduta, afinal eles mancham a imagem daqueles que dão e deram suas vidas pela Corporação, no entanto continuamos a ter dois pesos e apenas uma medida, para que os não entenderam a que me refiro, deixe-me explicar.


Quando nos referimos a uma pessoa e falamos: “aquele homem é um Policial Militar” em momento algum nos referimos ao cargo que ele ocupa na Policia e sim o que ele é, o que ele representa, se falarmos que um Policial Militar fez um parto dentro de uma viatura, não questionamos se foi um “praça” ou um “oficial”.

Esse é um grande problema que existe no meio militar, talvez resquício de uma cultura arcaica, em que os “Lideres” não cometem erros.

Era mais fácil omitir ou abafar tais informações antes da Globalização, afinal , alem de ter um certo controle do Poder, os meios de comunicação eram menos eficazes.


Hoje ao inves de manter o respieto da tropa, da a ela o questionamento do "Por que ?" um é punido e o outro não se todos representam a mesma coisa.

Ainda possuímos esses “controles” os quais deixaram de ser impostos pela força e passaram a ser pelos interesses, onde manipulam as massas dando a ela o livre arbítrio de pensarem embora a “maquiagem” os conduzem veredito final, aproveitando a comodidade e o descaso que cada um possui naturalmente.


Tivemos alguns Oficiais envolvidos em casos bem piores do que esse em questão, bem, ambos foram da mesma proporção para o decoro da Instituição, no entanto um teve que existir um “ativo” para acontecer, já no outro caso foi só a vontade sem qualquer indução.


Me refiro ao roubo de fios que foi relatado em alguns jornais em que estavam envolvidos Oficias da Policia Militar, aquele que durante o próprio julgamento desse caso, estavam como “Juízes”.


De fato não temos ainda (publicamente) a conclusão das averiguações, mas é bom ressaltarmos que a rapidez em que expurgamos das nossas fileiras um “Praça” é incomparável a morosidade quando conseguimos, quando conseguem, expurgar um “Oficial” .


Mais uma vez digo, não devemos nos vangloriar em expulsarmos os maus elementos de nossas fileiras e sim de evitarmos que eles entrem.


A pressa de tentarem suprir as necessidades urgentes que temos para compor efetivo, nos leva a repensar a maneira de “confeccionáramos” nossos Homens.


Não basta treinarmos somente o Homem, e sim construirmos ao nosso “molde” sobre o seu “alicerce” que é o caráter, dando a ele principalmente a sua Dignidade e o Respeito para que possamos monte-lo estimulado.

Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro.

Um comentário:

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