domingo, 9 de janeiro de 2011

A Estrela lança mais um


JORNAL O DIA (online)
08.01.11 às 20h06
Bope vai comprar tanque que derrubará qualquer obstáculo
Novo comandante promete trator-esteira que facilitará ocupações policiais nas favelas
POR VANIA CUNHA
Rio - Quando os blindados da Marinha passaram facilmente sobre as barricadas levantadas pelo tráfico na histórica ocupação dos complexos da Penha e do Alemão, em novembro, o novo comandante do Bope vislumbrou o que seria um dos maiores avanços nas futuras ações do batalhão. Foi a partir da bem-sucedida ocupação que o tenente-coronel René Alonso criou a Unidade de Engenharia de Demolição. O novo núcleo vai adquirir o primeiro ‘tanque de guerra’ da tropa de elite da PM: um trator-esteira capaz de passar sobre qualquer obstáculo como se fossem folhas de papel.
A novidade, que lembra os modelos usados pela Marinha, está sendo comemorada pelo comandante, já que vai permitir a entrada dos ‘caveiras’ em qualquer tipo de terreno, seja qual for a barreira que estiver à frente. Na cabine, que será blindada, um policial especializado em operar máquinas pesadas vai comandar a entrada da nova arma de guerra do Bope. No lugar de pneus, esteiras em formato triangular vão facilitar a movimentação do veículo.

“A cada operação, vemos que os criminosos constroem obstáculos diferentes. Os desafios são cada vez maiores. Então, vamos adquirir mais um trator, mas esse com capacidade maior, que tem uma esteira no lugar de pneus. Aquele da Marinha é carro de combate. Estamos optando por esse tipo, mas em formato de trator, que está em fase de aquisição. Vamos mostrar aos criminosos que não há engenharia que eles criem que impeça o processo de ocupação”, afirmou Alonso.

O novo núcleo, de Demolição, será responsável pelas mais importantes ações no processo de ocupação: a montagem dos contêineres que são as bases operacionais do Bope, a demolição e retirada de obstáculos. Para isso, a unidade vai operar com os ‘Transformers’ da frota do batalhão, que são as retroescavadeiras e tratores. Também serão adquiridos veículos menores, com maçaricos e britadeiras, além de mais um caminhão-prancha para o transporte das barreiras retiradas das favelas. A Unidade de Engenharia de Demolição também contará com policiais selecionados, que possuem conhecimento amplo em operações e são treinados para utilizar explosivos e operar esse tipo de máquina.

No planejamento do novo ‘01’ da tropa de elite para este ano, o principal foco será na instrução dos policiais. Os investimentos vão desde o aumento do número de cursos de formação — para dobrar o efetivo para 800 homens — até a ampliação do nível de especialização.

FOCO NA INSTRUÇÃO
Até o fim do ano, o tenente-coronel René pretende realizar 4 Cursos de Ações Táticas (CAT), dois a mais que nos anos anteriores, e formar, em média, 68 novos policiais por ano. Já os ‘caveiras’ dos núcleos especiais do Bope, como atiradores de elite, negociadores e de intervenções táticas, também vão voltar às salas de aulas.“Nosso grande desafio é a manutenção do conhecimento. Vamos incrementar os cursos de montanha, mergulho, intervenção tática, negociação e dos atiradores”, disse.

R$ 30 milhões para investir
O pacote de investimentos do Bope para os grandes eventos foi orçado em R$ 30 milhões e inclui, além da aquisição de novos veículos, a compra de armamento. Fuzis, com calibres e precisão maiores, e metralhadoras já serão empregados nas ações da unidade este ano. A lista ainda inclui novos modelos de coletes à prova de balas, além de tecnologia para análise e envio de dados em tempo real, durante ações.

Outro dia, estava conversando com um companheiro sobre os “velhos tempos’ em que não podíamos entrar em uma favela com portando um fuzil, pois caso houvesse um disparo, poderia furar as paredes de zinco dos barracos e acertar um inocente.

Eu mesmo, ia de ônibus a noite, de Niterói para Campo Grande, fardado, noite sim noite não, sem falar quando havia alguém em atitudes suspeitas, o chamava e o revistava educadamente e as pessoas se sentiam seguras, havia o respeito a “autoridade” ali presente.


Hoje querem comprar um blindado com esteira, veiculo utilizado em outros Países que estão em guerra, o que não creio que seja o nosso caso, afinal ninguém ainda declarou oficialmente, mesmo pedindo auxilio as Forças Armadas o que foi “abafada” na sua inconstitucionalidade e moldada em forma de “convenio” ou outra coisa.


Conforme a conveniência chegam transformar água em vinho, um verdadeiro milagre do Poder Divino dos nossos Governantes.

Eu já vi de tudo, os Srs. lembram quando queriam colocar um helicóptero não tripulado com uma câmera para filmar os pontos nas favelas? E os “caverãos” ? Primeiro compraram o maior esquecendo que não havia como manuseá-los dentro das vielas, depois diminuíram seu tamanho e compraram o “caverinha’ , ate mesmo um Zepelim tiveram a coragem de pensar, e hoje um “tanque” com esteiras, que deixaria com inveja o diretor Steven Spielberg com seu filme “ O resgate do soldado Ryan” .


Embora já tenhamos tido uma prova que seja necessário um veiculo como este para futuras ações, devemos atentar que cada favela tem a sua particularidade.

Porem o único “brinquedinho’ que ainda não pensaram em investir foi o Homem, talvez por ser descartado e por poder se utilizado em qualquer terreno com um custo mínimo e sob qualquer condições de trabalho, basta apenas gritar ou bater o pé que funciona.

Vamos esperar a decisão do nosso Governo Federal quanto à compra dos jatos dos gringos, quem sabe não sobre algum aqui para o Rio para as futuras “retomadas”.


Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro

2 comentários:

  1. É amigo, promessa é dívida, vamos ver se ficam só no papel, ou viram mesmo realidade tantas promessas...... e que estas tenham um bom retorno para eles e para a população em questão. bjs

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  2. Imagina todas as crianças q veem o bope entrar e acham aquilo bonito.imagine as crianças q acham legal um fuzil.não sou contraio a ações como as do complexo do alemão mas acho um absurdo ao ponto q o governo deixou chegar.agora policial tem q andar com fuzil se não corre risco de vida.

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