sábado, 26 de fevereiro de 2011

PEC 300



JORNAL PARAIBA ONLINE
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23/02/11 - 19:02
Lideranças de policiais lamentam ausência de autoridades do Estado em sessão especial
Da Redação com Ascom

Nenhum representante do governo do estado compareceu à sessão especial, que esta sendo realizada neste momento na Assembléia Legislativa, para discutir o impasse entre policiais civis, militares e agentes penitenciários com o governo do estado, em reação a chamara “Pec-300”.

A sessão, proposta pelo deputado estadual Frei Anastácio (PT), está tendo a participação das dez entidades que representam as polícias lamentaram a ausência de representantes do governo do estado.

A maioria dos 12 parlamentares presentes é da oposição e criticaram a postura do governo do estado, que ao não mandar representantes para a sessão, estaria desrespeitando o Poder Legislativo e os policiais, segundo eles.

“A ausência de autoridades estaduais mostra a forma do “pouco caso” que o governo do estado está fazendo em relação ao problema que envolve os policiais”, disse o deputado Frei Anastácio, autor da propositura da sessão especial.

O parlamentar disse que a segurança do estado se encontra na iminência de um colapso. “Os delegados já anunciaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira. Depois deles, os policiais militares também poderão entrar em greve. Depois que isso acontecer, o estado ficará entregue à bandidagem”, disse o parlamentar.

Greve da PM

Durante a sessão, o major Fábio, uma das principais lideranças da polícia, anunciou que a categoria irá entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira. Ele disse que não dar mais para suportar a falta de compromisso do governo do estado em relação à categoria.

“Quer os lideres de entidades não queiram, a polícia entrará em greve a partir de segunda-feira”, disse o major Fábio.


Todos nós já ouvimos falar na “PEC 300”, mas para alguns dos Srs a dimensão dessa reivindicação dos Policias Militares se restringe somente aos seus Estados de origem e nunca a nível Nacional.

O “poder de compra” do “salário” quando entrei na Policia, há aproximadamente 29 anos atrás, era o suficiente para se viver, dava para comprar comida, roupas, pagar as despesas de casa, a educação dos filhos e ate mesmo para algum lazer com a família, lembro-me que já existia os famosos “bicos” os quais, somente alguns faziam por uma questão de ter algo mais, um carro mais novo, uma casa melhor ou qualquer coisa, natural a ambição e a vaidade do Ser Humano.

Porem, ao logo do tempo, esse “poder de compra” foi diminuindo e chegamos ao ponto de termos entre nós, alguns companheiros passando fome.

Acreditem isso é verdade, sem dinheiro para irem para o serviço, com luz ou água cortada, para comparem remédios e tantas outras coisas, talvez o que podemos chamar de verdadeiros “carentes” ao invés da deturpada idéia que temos hoje.

As discriminações por parte dos Governos e apoiada pelos Comandos nos levaram ao estado critico em que nos encontramos hoje, sem termos qualquer iniciativa real por parte deles.


Me refiro as primeiras “gratificações” as quais só beneficiaram um grupo em que o “DEVER” do Policial, passou a ser um fato “extraordinário”, para mim demagogo e hipócrita, me refiro as gratificações “faroeste” as tais “pecúnias” e outras que deveriam, já que optaram a sua criação, ser somente uma espécie de incentivo momentânea e não serem incorporadas ao “salários”, pois acho que não fizeram nada alem do que se propuseram durante seus juramentos, salvo raras exceções, talvez fossem essas as quais tenham sido o embrião da idéia totalmente deturpada.

Baseado nesta forma, o Governo atual, optou na utilização do mesmo tipo de “bonificações” para que não precisasse ter que dar um aumento real e tão necessário a toda tropa, alegando sempre a falta de verbas que sempre são “desperdiçadas” em outras coisas sem tanta importância, fazendo assim uma espécie de divisão e uma discriminação aos seus profissionais, onde é esquecida uma das bases da Instituição que é a hierarquia.


Um dos mais prejudicados são os reformados, pois já não possuem a mesma vitalidade que tinham durante a sua vida “ativa”, doentes e cansados, ainda são obrigados a fazerem bicos para sobreviverem ou se sujeitarem a viver as custas de ajuda de parentes e amigos.

Lamentável e cruel para quem se dedicou tanto e não recebeu nem a sua dignidade em troca assim tambem para aqueles que tambem são excluidos desses beneficios e estão na ativa

Não acredito que haja a coragem por parte do efetivo da Policia do Rio em fazer o que pretendem os Policias da Paraíba e de tantos outros Estados, pelo menos não antes de outros Estados, mesmo sendo o mais prejudicado, afinal não há um verdadeiro Líder ou alguém que não esteja comprometido com a vaidade ou com qualquer outros benefícios que lhe cabem para guiá-los.

No entanto, esses mesmos benefícios os quais hoje calam as bocas de muitos não deverá ser sustentado por muito tempo, como podemos notar, atrasos e diminuições nas porcentagens já estão sendo freqüentes, fomentando assim uma insatisfação e uma busca pela dignidade que outrora se restringia a essa minoria.


É o velho ditado, “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”


Embora seja contra a greve, por achar que temos outras prioridades alem do dinheiro, acredito que será inevitável, já que a valorização do Homem é colocada em segundo plano pelos Governantes e o tão falado “efeito dominó” acontecerá em breve e acarretará o Caos penalizando ate mesmo os que nada tem haver.

Esse comentário sobre essa matéria é baseado no que presencio no meu dia a dia e não uma forma de incitar a greve, pois como falei sou contrario, é de minha total responsabilidade baseado nos Direitos Constitucionais onde me reserva como Cidadão Brasileiro de expor a minha opinião.

Porem já ouvi uma frase que nos faz refletir e nos preocupar.


“Não Devemos PEDIR aquilo que podemos EXIGIR”


Ricardo Garcia
Cidadão Brasileiro

Um comentário:

  1. Q uando vc cita as gratificações, mais as bonificações, o governador tb, deu ao pessoal da área da saúde a mesma coisa, só que temos que fazer um curso ,como se fosse um intensivo e no final do ciclo proposto fazer uma prova via internet para a secretaria de saúde, para que haja um aumento em nossos proventos, quando ele deveria sim incorporar,esse pequeno aumento, como vê ele faz a mesma coisa em outros setores do funcionalismo. Também sou contra a greve, até porque no nosso caso pode gerar inclusive omissão de socorro, pois se lida com todo tipo de ocorrência desde a mais simples como a um situação de extrema gravidade, mas no caso da pm, porque não a greve? Parabenizo este major pela determinação, já que se pode exigir, ainda mais que é uma luta antiga, não acha que está mais do que na hora? apoio esta tentativa, acredito que terão sucesso, vale a pena tentar... bjs

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