quarta-feira, 27 de julho de 2011

LAMENTAVEL


JORNAL O GLOBO (online)
Capitão Bizarro, do caso AfroReggae, trabalha agora em colégio da PM
Publicada em 27/07/2011 às 00h00m
Vera Araújo (varaujo@oglobo.com.br)

RIO - Foi parar na escola o capitão da PM Dennys Leonard Nogueira Bizarro, flagrado por câmeras de segurança no Centro, quando passava de carro da polícia em frente ao banco onde o coordenador social do AfroReggae, Evandro João da Silva, agonizava após sofrer um assalto, em 17 de outubro de 2009 . Não que o policial tenha voltado aos bancos escolares para passar por reciclagem, após ter sido condenado por prevaricação no episódio. Na verdade, ele saiu das ruas para trabalhar no Colégio da Polícia Militar, que atende exclusivamente aos 400 filhos de PMs, do 1º ao 9º anos, entre 7 e 15 anos de idade.
Na época do crime, Bizarro e o cabo Marcos de Oliveira Sales foram acusados de liberar os assaltantes que mataram o coordenador do AfroReggae e de ainda terem ficado com o par de tênis e o casaco roubados da vítima. Os dois foram condenados por prevaricação (retardar ou deixar de praticar ato de ofício para satisfazer interesses pessoais), com suspensão condicional de pena por dois anos. Eles chegaram a ser presos administrativamente na ocasião, mas aguardaram o julgamento trabalhando no 13º BPM (Tiradentes). Segundo a assessoria da PM, os dois cumpriam apenas funções administrativas mas, com a extinção do quartel, Bizarro acabou transferido para o Colégio da PM, no Fonseca, em Niterói.
O corpo docente do colégio é formado, em sua maioria, por policiais com formação superior, que deixam de trabalhar na tropa ou em serviços de rua para dar aulas aos filhos de policiais. Embora, a assessoria garanta em nota que "o capitão não terá nenhum contato com os alunos", não representando, assim, num mau exemplo aos estudantes. O capitão atuará em serviços burocráticos na secretaria da escola e poderá circulará por áreas comuns entre alunos e professores.
A assessoria da PM ressaltou ainda que o colégio também será extinto. Para não prejudicar os alunos, a instituição funcionará até o fim do ano, quando se transformará na Escola de Sargentos da PM, destinada a formar graduados. Provavelmente, o capitão vai continuar em atividades internas, desta vez lidando com suboficiais. Até lá, Bizarro ainda responde ao Conselho de Justificação na Corregedoria Geral Unificada (CGU), que vai avaliar se ele será expulso da corporação. Em seguida, o processo será enviado ao secretário de estado de Segurança, José Mariano Beltrame. Se ele decidir pela exclusão do PM do quadro da corporação, a decisão final caberá ao Tribunal de Justiça.
A PM acrescentou que o capitão cumprirá, ainda sem data definida, punição administrativa de 30 dias de prisão. A corporação justifica a decisão de transferir Bizarro para o Colégio da PM, argumentando que o quartel da Praça Tiradentes vai se transformar numa companhia destacada, cujo efetivo atuará nas ruas. Como o capitão não pode ir para esse tipo de atividade, a solução foi mandá-lo para o colégio.
O julgamento dos dois PMs ocorreu em dezembro passado. Na sentença, a juíza Ana Paula Figueiredo Barros, da Auditoria Militar, ressaltou que, no caso do capitão, "levando em consideração que se trata de um policial que deveria dar exemplo ao subordinado, ficou claro que deixou de atuar de acordo com as atribuições normativas e instruções que recebe".


Infelizmente o ditado antigo é usado na Policia, “Dois pesos e duas medidas” pois embora sejam pelos os “leigos” vistos como uma “única policia” a realidade é bem diferente.

Já ouviram falar em sócios proprietários e sócios contribuintes, pois bem, essa é a realidade.

A maioria, quando se reformam, se forem oficias, se tornam secretários, subsecretários, diretores, subdiretores de algum órgão oficial, já os praças são obrigados a fazerem seguranças no bar do seu Manoel, mercearia do seu Joaquim e assim vai.

É como a capacidade do ser humano nunca fosse questionada e sim seus “cargos” e assim como as nossas UPPs o prevalece o estigma ou resquício de uma ditadura.

Eu já disse isso aqui e torno a repetir: “Os Mortos são mais fortes do que os Vivos” pois tudo que eles fizeram continua a acontecer e não a nenhum VIVO que consiga mudar isso.

Já se questionaram onde estão alguns oficias envolvidos em escândalos tipo roubo de fios, carros roubados entre outros?

E os praças ? com certeza nas felizes estatísticas dos Governantes de exclusões da fileiras da Briosa.
Demagogia seria a palavra certa?

E já o caso da extinção do Colégio da Policia, afinal sempre primamos por um ensino de qualidade e no entanto quando temos, acabam.

Talvez por não serem eles os necessitados, pois se vivessem somente de seus salários, saberiam o que realmente os Praças sentem.

Realmente não devo ter “papa na língua” talvez por sempre andar com a minha cabeça erguida e olhar dentro dos olhos daquelas pessoas as quais converso.

Creio que estejamos passando uma das piores fases da nossa Policia, lamentavelmente, o que parecia uma esperança para muitos é um “pesadelo”.

Porem mais uma vez uso outro ditado, “O Mundo da voltas” e quem sabe teremos realmente algo serio nesse Estado ou melhor, nesse País.

Ricardo Garcia
Cidadão Brasileiro

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