domingo, 4 de setembro de 2011

CAOS


JORNAL O GLOBO (online)
Assassinato
Arquiteto é morto na porta de casa em Ipanema. Polícia segue com as investigações
Publicada em 03/09/2011 às 22h12m
Paulo Junior e Renata Leal
RIO - O arquiteto Romulo Castro Ramos Tavares, de 33 anos, foi morto com um tiro no fim da manhã de ontem, em Ipanema, em frente ao prédio onde morava. Ele foi baleado na barriga quando chegava com sua caminhonete Tucson ao número 680 da Rua Prudente de Morais. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios (DH), que fez uma perícia no local e já solicitou imagens de câmeras de segurança de edifícios vizinhos para tentar elucidar o crime.
- Suspeitamos de tentativa de assalto, mas não descartamos outras hipóteses - disse o delegado Clemente Braune, acrescentando que o autor do disparo fugiu sem levar qualquer pertence do arquiteto, que estava com carteira, relógio e celular.
Segundo um porteiro, assim que o arquiteto estacionou sua caminhonete, uma moto com dois homens parou ao lado. Ele contou à polícia que o carona apontou uma pistola pela fresta de um vidro e que Castro foi baleado após abrir uma porta, numa suposta tentativa de reação.
No entanto, uma outra testemunha deu uma versão diferente para investigadores. Ela disse que Castro estava acompanhado de um homem, que teria saído do banco do carona e efetuado o disparo.
Castro foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, em uma ambulância do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu ao ferimento causado por uma bala de pistola PT 380. Ele sofreu duas paradas cardiorrespiratórias.
- Ele era jovem, cheio de vida, bem-sucedido profissionalmente. De uns seis meses para cá, temos notícias de crimes em Ipanema quase que diariamente. O assassinato de hoje é um alerta para as autoridades, a UPP não está sendo suficiente - afirmou o jornalista Francisco Loffredi, primo de Castro.
Amigo de Castro, o cenógrafo Gringo Cardia criticou, emocionado, a violência na cidade:
- Ele não reagiu, o cachorro dele que latiu. Torcemos por um Rio com mais segurança, mas ver algo assim desanima.
Em março, Ipanema foi palco de um crime semelhante. O piloto de avião Luís Paulo Viola, de 54 anos, foi morto por bandidos na Rua Alberto de Campos, durante uma tentativa de assalto. Ele estava em uma moto com Geuse Galera, mãe do jogador de futebol Roger Flores, que levou um tiro num braço.


Nesse mesmo Jornal, no dia de hoje, há uma reportagem sobre os arquivamentos de inquéritos de homicídios, onde 96% são arquivados em nosso Estado.

Para os que acompanham esse Blog, creio que os outros 4% restantes, 2% são realmente concluídos e os outros 2% colocam o “Coelho” como “resposta”.

Uma das medidas tomadas pela cúpula da segurança que é plausível, a meu ver é a presença obrigatória da Autoridade Policial no local do crime, sem discriminação social, no entanto, esbarramos na falta de investimentos na Policia Técnica, os quais, graças a vontade e dedicação de seus profissionais, funciona, mesmo que precário.

O que resta é a confiança a qual eu coloco em evidencia, não pela competência, mas pela manipulação política em que alguns resultados, por uma pressão da opinião publica, são direcionados para um resposta rápida sem qualquer fundamento Legal.

É o caso do menino “Juan” que no momento esta fora do foco, que foi abafado pela tragédia do Parque de Diversão, pelo “bondinho de Santa Tereza” e pela execução da Juíza no Município de Niterói, fatos que deram destaques nas primeiras paginas sangrentas de nossos Jornais.

Afinal, uma profissional com aproximadamente 25 anos na atividade, não cometeria um erro grotesco de confundir uma ossada humana de um homem por uma de uma mulher, porem recai naqueles 2% onde colocamos o “coelho” como resposta ao invés de deixar cair no esquecimento como foi o possível crime da Engenheira Patrícia Amieiro, pois seria um desgaste político para nossos Governantes com mais um caso sem solução.

Reparem os Srs a quantidade de crimes que aparecem na mídia, sei que não é uma particularidade do nosso Estado e muito menos algo incomum de grandes metrópoles, no entanto, tentam se desculpar com implantações de Unidades Militares em comunidades Carentes as quais não possuem um “freios” em seus crescimentos, populacional e “arquitetônico” onde, para os futuros governantes, “a bola de neve” será bem maior.

Utilizam a palavra “pacificada” como uma desculpa de que estão fazendo algo, mas na verdade, é apenas um jogo de empurra empurra, para que os marginais que ali atuavam, diminuam suas atividades naquela localidade ou passem a atuar em outras comunidades nas quais não interfiram nas realizações dos eventos mundiais que teremos, uma espécie de “maquiagem” para os “gringos” verem.

Enquanto isso, beneficiados pelas nossas Leis, os marginais alem de migrarem para outras regiões diversificam suas atividades criminosas, onde não há uma prevenção.

Como havia dito, a insegurança é mais rentável do que a própria segurança, basta fazermos uma simples pesquisa onde iremos ver que o numero de seguranças particulares é superior ao numero de policias, isso sem levar em consideração aos “clandestinos” que seria esmagador em sua superioridade numérica, demonstrando que não há o interesse dos poderosos em ter um final.

A falta de investimento no “Homem” o qual recebe um salário ridículo o que gera o desinteresse e a falta de motivação, reforçada pela flexibilidade das Leis que beneficiam seus infratores, tornando os profissionais de segurança em verdadeiros “enxugadores de gelo”.

A conivência da mídia com o “Poder” manipulando a sociedade ao seu favor e recebendo em troca seus benefícios, onde, caso contrario teria a participação da própria sociedade em prol da coletividade.

E tantos outros fatores os quais podemos dizer ser a “Teoria do Caos” onde Edward Lorenz, dizia que varios fatos que pareçam aleatorios, no final tinham uma relação para o acontecimento.
Vamos esperar a proxima manchete para esquecermos essa.
Lamentavel.

Ricardo Garcia
Sargento de Policia
Cidadão Brasileiro

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