domingo, 25 de setembro de 2011

Ventos...


JORNAL O GLOBO (online)
Depois da fuga de ex-PM, o castigo da Justiça
Juiz determina a retirada de todos os eletrodomésticos que eram usados pelos presos em cadeia de policiais
Publicada em 23/09/2011 às 23h43m
Gustavo Goulart (gus@oglobo.com.br)

RIO - Em represália à fuga do ex-PM Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, da Unidade Prisional da PM (antigo BEP), em Benfica, no último dia 2 , a Vara de Execuções Penais (VEP) tomou uma medida dura contra os 281 presos ainda no local. Todos os eletrodomésticos usados pelos internos, incluindo aparelhos de ar-condicionado, televisores, fornos de micro-ondas e elétricos, geladeiras e ventiladores, foram retirados por determinação do juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, presidente interino da VEP.
A decisão foi tomada há dez dias. Servidores lotados no Setor de Fiscalização Interna da VEP fizeram uma vistoria na cadeia, relatando tudo que encontraram ao juiz, que determinou a retirada imediata dos equipamentos, como forma de punir os presos pela fuga de Carlão, que ainda está sendo investigada pela Corregedoria Interna da Polícia Militar.
Numa inspeção realizada na quinta-feira passada na unidade, agentes da VEP descobriram que algumas geladeiras haviam permanecido. Mandaram retirá-las imediatamente. Segundo o juiz, a presença dos equipamentos na carceragem é permitida desde que os presos façam por merecer.
- É importante que o preso procure interagir com o mundo. É bom ele saber o que está acontecendo aqui fora. Por isso, pode ver televisão, ler jornais. Ninguém quer sentir calor, nem beber água quente. Eles podem ter eletrodomésticos, mas desde que obedeçam a um acordo tácito de bom comportamento. Minha decisão foi por causa da fuga do preso - disse Carlos Eduardo de Figueiredo.
O presidente interino da VEP informou que foram retirados cerca de cinco geladeiras e seis fornos. Hoje, a cadeia abriga 166 presos provisórios e 115 condenados. No relatório do Setor de Fiscalização Interna, fiscais mencionam a necessidade urgente de reforma nas celas, "pois estas são feitas de madeira e não de alvenaria". Na quinta-feira, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, determinou a transferência dos presos para uma unidade ainda a ser construída .
Na primeira vistoria, os fiscais da VEP flagraram outras supostas irregularidades. Segundo o juiz Carlos Eduardo de Figueiredo, três presos que estariam no regime semiaberto não estavam nos seus locais de trabalho. Os presos são Marco Antonio Cardoso, Izan Chaves de Melo (condenado a 12 anos de prisão pelo sumiço da chinesa Ye Guoe, após deixar um shopping na Barra da Tijuca com US$ 130 mil na bolsa) e Magno José Zanatta (condenado a 31 anos por homicídio e extorsão qualificados).

Em um trecho dessa reportagem em que diz: “relatando tudo que encontraram ao juiz, que determinou a retirada imediata dos equipamentos, como forma de punir os presos pela fuga de Carlão”

Reparem os Srs “como forma de PUNIR os PRESOS pela fulga de Carlão” Punir? TODOS eles tiveram participação na fuga desse tal de Carlão ? estranho não acham?

E quanto as outras Unidades prisionais do nosso Estado, será que não há “regalias” para os presos ? telefones, ventiladores, TVs entre outras ainda mais para quem tem uma “condição financeira melhor”

Será que deveríamos colocar “repórteres” no lugar de agentes para relatarem esses fatos aos responsáveis ? afinal só temos conhecimento dessas irregularidades quando são explicitas nos horários nobres de nossas Tvs.

Quantas vezes ouvimos falar que de dentro de um presídio, marginais articulavam crimes de extorsão ou como mentores de roubos e assassinatos ?

Eu concordo que não deveriam ter essas “mordomias” e deveriam trabalhar ao invés, como a maioria, ficarem ociosos e se beneficiando dos nossos impostos os quais ate são ostensivos aos seus familiares.

Será que teriam coragem de fazer o mesmo com uma dessas facções criminosas também?

Por que não fazem o “mutirão da Justiça” também nesse presídio, do mesmo estilo que fazem em outros, creio que muitos que estão presos lá são apenas “respostas” que o Governo da a sociedade cuja a culpabilidade ainda não foi comprovada ou nem será.

Outro fato questionado são aqueles os quais já foram julgados, condenados e excluídos das fileiras e ainda permanecem em um presídio militar.

Qual seria o motivo? Organização ou “rabo preso”

Sou leigo no que diz as Leis, porem as comparo nas suas aplicações onde a mesma Lei em um caso beneficia e no outro pune no mesmo crime.

Talvez pelo estigma da sigla PM tenham essa atenção especial, mais uma forma de continuarem a manchar a imagem e aparecerem.

Ricardo Garcia
Cidadão Brasileiro

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