segunda-feira, 22 de junho de 2009

RESPEITO ?? PRA QUEM??

Foto de ERNESTO CARRIÇO Agencia O DIA

JORNAL O DIA (online)
22/06/09 às 12:35


Famílias de sem-teto invadem prédio na Praça da Cruz Vermelha

Elas foram despejadas de outro prédio na Rua Gomes Freire e dormiam sob a marquise

POR HELVIO LESSA, RIO DE JANEIRO

Rio - Cerca de 36 famílias de sem-teto invadiram na madrugada desta segunda-feira o prédio de número 234, da Avenida Mem de Sá, na Praça da Cruz Vermelha, Centro do Rio, que pertence ao INSS, do governo federal, e está desativado.

Eles fazem parte do grupo que foi despejado do prédio da Rua Gomes Freire 510, que pegou fogo há um mês, e estava dormindo sob a marquise do prédio.
Grupo de sem-teto se recusa a sair de prédio desativado do INSS
Em princípio, havia a suspeita de que eles tinham feito reféns o segurança da empresa Protex que tomava prédio e também uma família que já morava no local. Policiais do 13º BPM (Praça Tiradentes) cercaram o prédio para negociar a liberação das pessoas, mas não ficou caracterizado o cárcere privado.

Os invasores negaram que estavam retendo as pessoas, mas não permitiram que o policial que comandava a operação entrasse desarmado para certificar se estava tudo bem. Eles temiam que a polícia invadisse o local para retirá-los a força.

O segurança chegou a conversar com policiais pela fresta da porta, dizendo que estava estava tudo bem, mas eles foram irredutíveis. A família, que tem uma loja de doce no térreo do prédio, só saiu por volta das 6h, enquanto o segurança saiu às 7h10. Eles não quiseram dar declarações e não disseram se foram impedidos de sair antes.

Policiais ainda continuaram cercando o prédio pela manhã e não permitiram que as famílias recebessem alimentos e água, comprados por militantes.

Grávidas, crianças e idosos sem moradia

O grupo, que se auto intitulava "Guerreiros da 510" e agora se declara "Guerreiros da 234", alega que está esperando uma solução do governo do Estado e da Prefeitura há um mês, quando foi despejado do prédio da Gomes Freire, onde moraram por um ano e oito meses.

"A gente só está querendo um lugar para morar. Mesmo que tenha de pagar prestação para a Caixa Econômica, num valor acessível. Aqui tem sete mulheres grávidas, 28 crianças e oito idosos. Todo mundo aqui é trabalhador e não está fazendo ninguém de refém", disse a empregada doméstica Maria Madalena Araújo Silva, 59 anos.

O advogado André de Paula, que representa o grupo, apresentou dois ofícios, protocolados pela Defensoria Pública junto às secretarias municipal e estadual de Habitação, pedindo para que as famílias recebessem um auxílio aluguel. "Mas essas pessoas despejadas depois do incêncido não conseguiram o auxílio. A prefeitura ainda deu um prazo, que termina nesta terça-feira, para eles sairem debaixo da marquise. Por isso elas vieram ocupar esse outro prédio", justificou o advogado.

A ocupação aconteceu por volta de meia-noite. Os sem-teto invadiram e tomaram conta de dois, dos sete andares do prédio. Na sacada de uma das janelas, estenderam uma faixa onde estava escrito: "Somos todos humanos. Merecemos respeito".

A polícia chegou logo depois e impediu que alguns sem-teto, que estavam do lado de fora, entrassem no prédio. "Temos banheiros e lugar para todo mundo. Dá para viver bem aqui", disse Maria Madalena. Quando amanheceu, cerca de 30 pessoas, entre adultos e crianças, ficaram na sacada gritando palavras de ordem.


Comentarios

Algum tempo atrás, em uma outra invasão, se não me falha a memória, em um prédio perto de um hotel naquelas imediações, um Juiz havia impedido que as famílias fossem retiradas, eu me lembro que fiquei “brincado” com um outro leitor, em um dos Jornais online que havia comentários sobre a referida matéria, que ele iria invadir um apartamento vago na Barra da Tijuca e que ele tinha vários quartos vagos e um deles, iria ser reservado para mim, e também se referia ao Sr Juiz como “bonzinho” e que ele iria também a nosso favor.


Foi só uma brincadeira para descontrairmos, porem sobre um assunto muito serio, vocês já imaginaram, trabalharem a vida toda e comprarem um “cantinho” e vem alguém e diz que não tem onde morar e tomar o que é seu por direito? É bom imaginar, não vai demora muito para chegarmos a esse ponto, pois vocês também não imaginavam que em plena luz do dia, uma rua seria fechada por marginais, fortemente armados, parando os carros roubando e matando no meio da cidade.


Para mim a Policia Militar é o “marisco” que fica entre a rocha e as ondas, atuando sempre sob ordem, se transformam em vilões ao atuarem contra os “Santos Anarquistas” .


Nos falta um "PULSO FORTE", que imponha as Leis doa a quem doer, principalmente para esses demagogos e hipócritas que levantam uma bandeira de desordem e do desrespeito.


Já estou sentindo saudades da “Ditadura”


Ricardo Garcia
Cidadão Brasileiro

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