sexta-feira, 10 de julho de 2009

CONTRADIÇÕES AZUL E BRANCO



JORNAL O DIA (online)
10.07.09 às 02h08


Oxigenação nos batalhões para asfixiar o crime
Novo comandante da PM exonera de uma só tacada 60 oficiais, 25 deles líderes de unidades


Adriana Cruz e Vânia Cunha


Rio - O comandante da PM, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, está seguindo à risca a cartilha do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. No primeiro boletim da corporação sob a sua batuta, o oficial pôs em prática a filosofia do secretário, anunciada na véspera, de oxigenar a PM. Em uma tacada só, exonerou 60 oficiais — 25 deles comandantes dos 39 batalhões operacionais, a maior mudança desde o início do governo Sérgio Cabral. As renovações não param por aí. Mário Sérgio criou ainda a Comissão de Reorganização dos Comandos Intermediários, formada por seis oficiais. A missão do grupo, comandando pelo chefe operacional do Estado-Maior, coronel Álvaro Garcia, é montar um relatório em 10 dias sobre a situação de pessoal e material das unidades.A prioridade é retirar o máximo de policiais do serviço burocrático e colocá-los, de imediato, no patrulhamento a pé. Mesmo sem ter ainda o reforço da tropa nas ruas, Mário Sérgio determinou que os batalhões adotem um sistema de metas. Ou seja, os comandantes terão que acompanhar os dados de criminalidade fornecidos pelo Instituto de
Segurança Pública e baixar os índices em suas áreas. Desta forma, o comando da corporação poderá contabilizar a produtividade de cada unidade operacional.Para fazer a maior mudança na PM, Mário Sérgio passou sua primeira noite, após a posse, no Quartel General (QG), no Centro. As reuniões com seus subordinados só terminou por volta das 4h de ontem. Uma das razões para tanta discussão foi o fato de alguns oficiais terem recusado o convite para assumir postos, alegando motivos pessoais. Ainda não foram decididos, por exemplo, os nomes que comandarão o 22º BPM (Maré) e o 34º (Magé), embora os comandantes, respectivamente Rogério Seixas e Josias Antônio de Souza, já tenham tido as exonerações publicadas no boletim divulgado ontem.
Além da grande mudança nos batalhões operacionais, Mário Sérgio trocou cinco dos seis comandantes de policiamento de áreas (CPA). Foi mantido apenas o coronel Marcus Jardim, responsável pela 1º CPA, que responde pela capital. Outro projeto é a criação do 7º CPA, na Região Serrana. Nos planos de Mário Sérgio de enxugar as unidades consta a extinção do Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE). Na mesma linha, poderão ser extintos ainda o Módulo Operacional de Vias Especiais (Move) e o Grupamento Tático Móvel (GTM). Todo o efetivo dessas unidades será transferido para o Batalhão de Policiamento de Rodovias (BPRv). Juntos, os efetivos devem chegar a, no mínimo, 900 homens. Assim, o BPRv vai ter mão de obra suficiente para patrulhar as vias expressas, como Avenida Brasil e Linha Vermelha. Para Mário Sérgio, as novas palavras de ordem da PM são planejamento e modernização. Para isso, o oficial criou a Coordenação de Assuntos Estratégicos (CAEs). O objetivo do departamento é garantir estratégias para as ações
militares. Um dos alvos da coordenação, por exemplo, são os grandes eventos na cidade, como a Copa do Mundo de 2014 e a possibilidade de o Rio sediar as Olimpíadas em 2016. Em parceria com o Centro de Comunicação e Informática, a PM vai colocar em prática a ideia de informatizar todas as unidades da corporação. Hoje, o boletim da PM deve trazer novas mudanças.Ontem pela manhã, o comandante visitou quatro batalhões da Região Metropolitana, entre eles, o do Estácio e o de Botafogo. A meta é visitar todas as unidades operacionais para verificar a estrutura e o efetivo de cada uma, além de conversar com toda a tropa. Hoje, às 10h, o oficial vai receber no QG cabos e soldados. À tarde, será a vez do 6º BPM (Tijuca), onde o comandante Fernando Príncipe foi mantido no cargo. O objetivo da visita é deixar claro os novos rumos da corporação. De salto alto e batom no comando da tropaElas ingressaram na PM na primeira turma de oficiais femininas, em 1983. Têm quase a mesma idade e estavam lotadas na Diretoria-Geral de Apoio Logístico (Digal). No lugar de coturnos, saltos altos e batons. A vaidade, porém, não ofusca a determinação da dupla para um desafio em comum: elas são as primeiras mulheres a comandar unidades operacionais convencionais — ou batalhões de área — na corporação.Ontem, a tenente-coronel Edite Bonfadini, que completa 48 anos hoje, assumiu o comando do 13º BPM (Praça Tiradentes), com uma tropa de 446 homens. Sorridente e tranquila, a oficial deixa claro seus objetivos. “Vamos aumentar o patrulhamentos nas ruas”, anunciou, mandando um recado à população: “O batalhão está de portas abertas para a comunidade”. Para Bonfadini, que é de uma família de militares, arregaçar as mangas faz parte da sua trajetória na PM. “Já comandei 200 homens quando era da ajudância do Quartel Central”, orgulha-se ela, que recebeu o comando da unidade do major Luiz Garcia. No mesmo ritmo, a tenente-coronel Solange Vieira, de 48 anos, assumiu ontem o 4º BPM (São Cristóvão), no lugar do tenente-coronel Maurício Salles. Ela comandará 342 homens. “Quero profissionalismo, contato com a população e, principalmente, respeito ao cidadão. Aposto também na reciclagem do policial”, afirmou. Comandante quer posses sem cerimôniaHoje, todos os novos comandantes de unidades operacionais já estarão a postos. Essa foi a ordem dada pelo comandante-geral, Mário Sérgio. Ontem, parte dos comandantes nomeados já assumiu seus novos cargos. Em nome da agilidade, Mário Sérgio determinou que as passagens de comando sejam feitas sem cerimônia, nos gabinetes, como aconteceu ontem no 13º (Praça Tiradentes), no Centro, e no 4º BPM (São Cristóvão), que cobre parte da Zona Norte.Desde que assumiu, o comandante-geral teve três baixas, com coronéis que pediram para ir para a reserva. Um deles foi o ex-comandante do 3º CPA, coronel Paulo César Lopes. “Estou feliz pelo reconhecimento da população ao meu trabalho. Vou me dedicar a dar aulas e escrever dois livros, um deles sobre a chacina da Baixada”, afirmou Lopes.


Lamento que o pensamento da Policia Militar seja assim, vem um Coronel pinta tudo de azul e branco, logo depois vem outro e pinta tudo de branco e azul e assim ficamos por mais duzentos anos.


Falo isso devido ao exemplo de um Batalhão, o 12º (Treme-Terra) em Niterói, onde, acreditem, 100% do seu efetivo e da população de dois Municípios que atua (Niterói e Marica) apóiam o seu Comandante e agora esta sendo substituído sem um motivo aparente.


Para mim uma contradição onde dizem que querem ver a Policia integrada com a sua sociedade e quando conseguem param e recomeçam tudo novamente.


Tiram o animo da tropa, tiram o animo da sociedade , foi o que ouvimos de uma Sra., representante de uma das associações de moradores, ontem , durante o ultimo “Café com o Comandante” , uma reunião que o Comandante fazia todos os meses com as associações de moradores para saberem suas necessidades, ela também disse:


“-Aqui é o único lugar em que o time esta ganhando de goleada e substituem o técnico.”


Boa Sorte ao novo Comandante.


Ricardo Garcia
Cidadão Brasileiro

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